Autoridades israelitas vão deter todos os ativistas e capturar as embarcações para utilizá-las para as suas operações.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, apresentou esta segunda-feira uma proposta perante o governo para endurecer ainda mais a resposta do país no que toca à chegada da Flotilha Humanitária à Faixa de Gaza. Segundo o jornal La Vanguardia, Gvir - que é hoje um dos ministros mais radicais no poder - quer classificar os ativistas destas embarcações como "terroristas", para que não beneficiem de uma "prisão suave" de poucas horas, e espera que os detidos "sofram todas as consequências dos seus atos". Além disso, as autoridades israelitas pretendem também capturar todos os navios e utilizá-los para as suas próprias operações de segurança.
Flotilha Humanitária já partiu para Gaza. Mariana Mortágua faz parte da tripulação
O ativista Saif Abukeshek, que é um dos coordenadores desta missão e que segue a bordo da flotilha, entretanto já condenou esta proposta. Diz que Israel quer tratá-los como terroristas "para justificar os seus crimes" e acusa o país de "atuar como piratas no mar" ao intercetar barcos que estão em águas internacionais e sequestrar as pessoas que seguem dentro das embarcações.
"Israel classifica todos os palestinianos como terroristas, tenham eles um dia de vida ou 100 anos. Ou seja, esta política de Israel é utilizada para justificar os crimes que querem cometer", critica Abukeshek.
O ativista alega ainda que tudo o que está a ser feito na sequência desta missão é legal, nomeadamente os medicamentos que transportam, e que o objetivo é chegarem às praias de Gaza sem entrarem em águas israelitas, mas sim através de águas internacionais. Além disso, acrescenta que todas as pessoas que embarcaram nesta flotilha assinaram um código de princípios e receberam formação sobre a não violência.
A Flotilha Humanitária havia partido rumo a Gaza no domingo, mas devido ao mau tempo os ativistas tiveram de regressar ao porto de Barcelona, em Espanha.
A bordo seguem três portugueses: a deputada e coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que recentemente pediu a proteção do governo português mas cujo pedido foi negado, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
O objetivo desta frota é levar ajuda humanitária até à Faixa de Gaza e acabar com o bloqueio naval que o estado de Israel exerce sobre o enclave palestiniano desde 2007.
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