As autoridades israelitas confirmaram que os dois corpos entregues esta quinta-feira pelo Hamas à Cruz Vermelha em Gaza são dos reféns Amiram Cooper e Sahar Baruch, adiantou o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Israel confirma identificação de corpos de reféns entregues pelo HamasAP Photo/Abdel Kareem Hana
"O Governo israelita partilha a profunda tristeza das famílias Cooper e Baruch e de todas as famílias dos reféns falecidos", pode ler-se no comunicado, que refere que a identidade dos corpos foi confirmada pelo Centro Nacional de Medicina Legal de Israel.
O gabinete do primeiro-ministro israelita acrescentou que "o Hamas tem a obrigação de cumprir as suas obrigações para com os mediadores e de repatriar os falecidos" no âmbito do cessar-fogo.
Com a devolução destes dois corpos pelo grupo islâmico, permanecem 11 corpos de reféns israelitas em território palestiniano, noticiou a agência Efe.
O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, afirmou ter recuperado os corpos dos dois reféns israelitas na terça-feira e declarou que iria devolver um dos corpos.
No entanto, em virtude do bombardeamento israelita à Faixa de Gaza, que ocorreu desde a tarde até à madrugada de quarta-feira, o grupo militante adiou a entrega.
O grupo procurou Cooper durante 13 dias num túnel em Khan Younis, no sul de Gaza, até finalmente encontrar o seu corpo.
Morreu aos 85 anos enquanto estava em cativeiro em Gaza, e embora os órgãos de comunicação social israelitas, como o Yedioth Ahronoth, noticiem que morreu quando o túnel em que estava detido colapsou devido ao bombardeamento, outros afirmam que foi morto pelos seus captores.
Saher Baruch, de 25 anos, também morreu em Gaza, e o Exército israelita reconheceu em janeiro de 2024 que morreu durante uma operação de resgate falhada.
Na altura, as Forças Armadas alegaram que não conseguiam determinar se Baruch tinha sido morto pelo Hamas ou pelas suas próprias tropas em 08 de dezembro.
Noutras ocasiões, o Hamas devolveu corpos que não correspondiam a nenhum dos restantes reféns no enclave.
O incidente mais recente ocorreu na noite de segunda-feira, quando a milícia devolveu os restos mortais de um homem cujo corpo o Exército já tinha removido de Gaza em 2023.
Esta situação, somada ao facto de a descoberta do corpo ter sido orquestrada pelo Hamas e à morte de um soldado num alegado ataque dos islamitas no sul da Faixa de Gaza, tornou-se uma das justificações de Israel para bombardear Gaza na terça-feira, matando 110 pessoas, mais de metade mulheres e crianças, em ataques condenados pela ONU.
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