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Hong Kong enfrenta as maiores chuvas torrenciais desde 1884

Luana Augusto com Ana Bela Ferreira 08 de setembro de 2023 às 13:36
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As cidades do sul da China estão a ser fortemente atingidas por chuvas torrenciais, depois de em menos de uma semana terem enfrentado dois tufões. Hong Kong teve de declarar alerta negro, numa altura em que a cidade enfrentou a maior precipitação em 139 anos.

As chuvas em Hong Kong levaram esta sexta-feira a inundações, resgates, 100 hospitalizações, deslizamentos de terras e ao encerramento de escolas e locais de trabalho. Segundo a agência meteorológica, esta foi a maior ocorrência de precipitação a atingir a cidade desde 1884.

Nas redes sociais veem-se imagens de ruas, transportes públicos e centros comerciais inundados. Para escapar a estas cheias, houve até quem subisse para o topo de carros ou outras plataformas mais elevadas.

Tendo em conta que o Observatório de Hong Kong registou mais de 158 milímetros de precipitação por hora, entre as 23 horas locais e a meia-noite, as autoridades viram-se obrigadas a acionar o alerta negro, normalmente utilizado em situações, onde as chuvas ultrapassam os 70 milímetros/hora.

Apesar de o território ter registado uma diminuição de precipitação na tarde desta sexta-feira, o que levou a que Hong Kong passasse para alerta "âmbar", isso não significa que o mau tempo fique por aqui. Para sábado, calcula-se que as chuvas extremas ainda persistam, podendo afetar dezenas de milhões de pessoas nas zonas costeiras, como é o caso de Hong Kong.

No entanto, esta não é a única região afetada. Também o sul da China está a ser alvo deste mau tempo. Shenzhen, que faz fronteira com Hong Kong, registou, por exemplo, as chuvas mais fortes desde 1952. Já na província de Guangdong, sabe-se que centenas de voos foram suspensos e que os residentes foram aconselhados pelas autoridades locais a saírem da zona.

Às chuvas juntam-se também os rumores vividos no sul da China. Na noite de quinta-feira, a cidade de Shenzhen viu-se obrigada a descarregar as águas dos seus reservatórios, o que levantou certas questões, por parte dos habitantes de Hong Kong, sobre se este ato não teria agravado o cenário de inundação. Em resposta, o chefe de segurança de Hong Kong, Chris Tang, garantiu ainda durante o dia de hoje que a descarga não teve qualquer impacto, e que a ação foi a mais segura para ambas as cidades.

Estes níveis de precipitação ocorrem menos de uma semana depois de dois tufões - Saola e Haikui - terem atingido as cidades do sul da China. Em todo o mundo, as alterações climáticas já se estão a fazer sentir e têm levado a um aumento da frequência de tempestades tropicais.

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