Diplomata chinês visita Moscovo esta segunda-feira e garante que irá discutir a paz. A guerra na Ucrânia faz crescer as acusações entre EUA e China após incidente do balão militar.
O diplomata chinês Wang Yi irá a Moscovo, Rússia esta segunda-feira para discutir a paz na Ucrânia, indica a agência noticiosa Reuters. O jornal russo Kommersantjá indicou que tinha chegado, uma informação que não foi comentada pelos governos russo e chinês. A visita dá-se após a conferência de Munique, em que a China criticou a reação "histérica" dos EUA ao balão militar chinês que sobrevoou o país.
REUTERS/Wolfgang Rattay
Na semana passada, Wang Yi, que é o responsável da Comissão das Relações Exteriores do Partido Comunista Chinês, disse que Pequim iria afirmar "a posição chinesa no ambiente político da crise na Ucrânia" e que o país se mantinha do lado da paz e segurança. Antes da guerra, a China e a Rússia assinaram um acordo sem limites, e desde então Pequim não condenou a guerra nem lhe chamou invasão.
Em 2022, o presidente do parlamento chinês considerou ao seu homólogo russo que a ação russa contra a Ucrânia era uma resposta legítima às provocações dos EUA. O presidente russo Vladimir Putin também reconheceu que a Rússia se está a virar para a Ásia.
Durante a conferência de Munique, Wang Yi apelou ao diálogo e sugeriu que os países europeus devem "pensar calmamente" sobre como acabar com a guerra. "Há algumas forças que pelos vistos não querem que as negociações tenham sucesso, ou que a guerra termine cedo", atirou o diplomata chinês, sem identificar essas "forças".
O secretário de Estado Antony Blinken deixou um aviso à China sobre entregar material militar à Rússia, que seja usado na invasão da Ucrânia. "Há vários tipos de assistência letal que estão a pensar entregar, que incluem armas", afirmou, avisando ainda que tal "teria consequências sérias" na relação entre os EUA e a China. Em resposta, a China garantiu que "os EUA não estão em posição de fazer exigências" ao país, de acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin.
"A parceria colaborativa e extensa entre a China e a Rússia baseia-se no não-alinhamento, não-confronto e não atingir terceiros, e é um assunto dentro da soberania de dois países independentes", frisou Wang Wenbin. "Nunca vamos aceitar que os EUA apontem o dedo às relações sino-russas ou que nos tentem coagir."
Esta segunda-feira é ainda marcada pela visita de Joe Biden à Polónia. O presidente dos EUA não irá à Ucrânia, onde estará a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. Tem encontro marcado com Volodymyr Zelensky.
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