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Em Kharkiv morrem civis à procura de água. Ataque fez pelo menos dez mortos

Leonor Riso
Leonor Riso 01 de março de 2022 às 11:08
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A segunda maior cidade da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, está a ser alvo de ataques em zonas residenciais.

A cidade de Kharkiv, junto à fronteira com a Rússia, foi uma das cidades mais atingidas pelos bombardeamentos russos nas últimas horas. O centro da segunda maior cidade da Ucrânia foi atingido com ataques com mísseis. Áreas residenciais e o edifício da administração regional não foram poupados. A cidade continua a resistir às tropas russas. 

Num balanço feito pelo governo ucraniano cerca das onze horas de Portugal continental, o número de mortos subiu de nove para dez. 35 pessoas ficaram feridas na sequência dos ataques russos ao centro de Kharkiv, acrescentou o conselheiro do ministro do Interior, Anton Herashchenko. "Os destroços estão a ser retirados e haverá ainda mais vítimas e feridos."

O presidente da Câmara de Kharkiv, Ihor Terekhov, revelou que os números incluíam as mortes de três crianças. Quatro pessoas morreram ao sair dos abrigos para ir buscar água e uma família de dois adultos e três crianças morreram queimadas vivas dentro do seu carro. 

Nas redes sociais, também circulam imagens de uma mulher que tinha ido às compras depois do recolher obrigatório e que morreu, após um míssil GRAD ter atingido a sua perna. 

O ataque ao edifício do governo regional foi filmado. De acordo com o governador regional Oleg Synegubov, deu-se duas horas depois do fim do recolher obrigatório. "Estes ataques são um genocídio do povo ucraniano, um crime de guerra contra a população civil", acusou. Estas imagens mostram o momento da explosão: 

Estas imagens foram captadas depois da explosão: 

Estas imagens revelam os ataques a áreas residenciais: 

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu mais sanções contra a Rússia devido ao que denunciou como um ataque "bárbaro" à cidade de Kharkiv. "Ataques com mísseis bárbaros na central Praça da Liberdade e nas zonas residenciais de Kharkiv. Putin não consegue quebrar a Ucrânia. Ele comete mais crimes de guerra devido à fúria, mata civis inocentes", acusou nas redes sociais. "O mundo pode e deve fazer mais. AUMENTEM A PRESSÃO, ISOLEM COMPLETAMENTE A RÚSSIA."

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, também criticou a Rússia. "O véu caiu. A Rússia está ativamente a atingir os centros de cidades, a lançar ataques de mísseis e artilharia em zonas residenciais e de administração governamental", frisou.

Notícia atualizada cerca das 11h09, com o balanço do número de mortos. 

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