Sábado – Pense por si

Ucrânia oferece 43 mil euros a soldados russos que se entregarem

Diogo Camilo
Diogo Camilo 28 de fevereiro de 2022 às 22:19
As mais lidas

Ministério da Defesa promete que soldados russos serão perdoados e receberão uma compensação de 5 milhões de rublos se baixarem as armas voluntariamente. "Para aqueles que continuam a comportar-se como ocupantes, não haverá misericórdia", diz o ministro ucraniano.

"Uma escolha". É assim que o Ministério da Defesa da Ucrânia descreve a proposta que faz a soldados russos, em que propõe "amnistia completa" e 5 milhões de rublos como compensação aos militares da Rússia que ajudaram na invasão à Ucrânia.

Soldados ucranianos
Soldados ucranianos GettyImages

"Oferecemos aos soldados russos uma escolha: morrer numa guerra injusta ou uma amnistia completa e 5 milhões de rublos em compensação", refere a publicação do Governo ucraniano, prometendo que estes soldados serão perdoados e receberiam compensações monetárias se baixassem as armas voluntariamente.

Também o ministro ucraniano, Oleksii Reznikov, deixou uma alternativa "àqueles que não se querem tornar assassinos ou morrer" e um ultimato: "para aqueles que continuam a comportar-se como ocupantes, não haverá misericórdia".

A quantia, traduzida para euros, é de cerca de 43 mil euros.

O salário mínimo na Rússia é inferior a 14 mil rublos, o que quer dizer que esta compensação corresponde a cerca de 360 salários mínimos russos. Em Moscovo e São Petersburgo, o salário mínimo é ligeiramente superior ao resto do país, mas continua a ser largamente inferior à compensação oferecida pelo Governo da Ucrânia a soldados russos para deixar a guerra.

Apesar de não existir número oficial de tropas russas dentro da Ucrânia, o número estimado de militares nas fronteiras do país eram de 190 mil até à semana passada.

Artigos Relacionados

Férias no Alentejo

Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.