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Donald Trump Jr. visita Gronelândia após pai ter dito que a quer comprar

Gabriela Ângelo 07 de janeiro de 2025 às 17:27
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O presidente-eleito Donald Trump declarou que os Estados Unidos queriam comprar e controlar a ilha que se situa no Ártico e é território da Dinamarca.

Donald Trump Jr. visitou esta terça-feira, 7 a Gronelândia semanas depois de o seu pai, o presidente-eleito dos EUA, ter dito que quer comprar a ilha - uma intenção que já tinha manifestado no anterior mandato presidencial. O avião privado com a palavra TRUMP estampada nas laterais aterrou na pista de Nuuk. 

Avião Donald Trump Jr. Gronelândia
Avião Donald Trump Jr. Gronelândia Ritzau Scanpix Foto/AP

A visita à ilha coberta de neve tem duração estimada de quatro a cinco horas e não inclui nenhuma reunião com líderes do governo regional, segundo a Reuters. Num podcast recente, o filho do presidente-eleito reiterou que não ia comprar a Gronelândia. "Por acaso, até vou fazer uma viagem pessoal à Gronelândia" durante um dia, afirmou.

A ilha é um território autónomo da Dinamarca e faz parte do continente norte-americano. A sua capital, Nuuk, está mais perto da capital norte-americana, Washington D.C., do que da dinamarquesa, Copenhaga. A ilha é rica em recursos naturais e minerais raros, e está localizada perto do Círculo Polar Ártico, o local para onde várias potências mundiais procuram expandir o seu alcance, incluindo os EUA, a Rússia e a China. 

Na segunda-feira, Trump prometeu através da sua plataforma de rede social, Truth Social, que iria "TORNAR A GRONELÂNDIA GRANDIOSA DE NOVO" enquanto elogiou a ilha. "A Gronelândia é um lugar incrível e as pessoas beneficiarão enormemente se, e quando, se tornar parte da nossa nação". Acrescentou ainda que o filho estava lá para visitar "algumas das áreas e paisagens mais magníficas". 

O primeiro-ministro da Gronelândia, Mute Egede, já declarou que a ilha não está à venda, mas no seu discurso de Ano Novo intensificou a sua vontade de se tornar independente da Dinamarca. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse à estação televisiva TV2 na terça-feira que o país necessitava "de uma cooperação muito estreita com os americanos". "Por outro lado, gostaria de encorajar toda a gente a respeitar o facto de os gronelandeses serem um povo, o seu país, e só a Gronelândia pode determinar e definir o seu futuro". 

Trump assume o cargo como presidente dos Estados Unidos a 20 de janeiro, e já deu sinais de que iria seguir uma política externa sem se limitar a delicadezas diplomáticas, ameaçando assumir também o controlo do Canal do Panamá. 

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