O partido vencedor de centro-direita triplicou os seus lugares no parlamento, apesar de anteriormente não ter estado entre as principais forças políticas.
O partido da oposição venceu as eleições da Gronelândia na terça-feira, depois de uma campanha dominada pela ameaça de anexação por parte do presidente dos Estados Unidos, e pelos apelos dos residentes à independência da Dinamarca.
Jens-Frederik NielsenMads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix vía AP
Num resultado surpreendente, o partido Demokraatik (D), de centro-direita, triplicou os seus lugares no parlamento e liderou com 29,9%, derrotando o partido de esquerda que estava no poder, Inuit Ataqatigiit (IA), que ficou em terceiro lugar.
"As pessoas querem mudança... Queremos mais empresas para financiar o nosso bem-estar", disse o líder do Demokraatit, Jens-Frederik Nielsen, à Reuters, após os resultados. "Não queremos a independência amanhã, queremos uma boa base". O antigo campeão de badminton, de 33 anos, anunciou ainda que "os democratas estão abertos a negociar com todos os partidos e procuram a união, especialmente com tudo o que está a acontecer no mundo".
O partido nunca tinha conseguido alcançar tantos lugares, desta vez chegou aos 10, um aumento de sete em relação às eleições anteriores e não estava entre as três principais forças políticas, que incluía a IA, os Naleraq e os Siumut, o partido de coligação com a IA. O parlamento da Gronelândia é constituído por 31 lugares, sendo que para fazer uma maioria são apenas necessários 16.
Os Demokraatit e os Naleraq, o único partido que tem abertura para uma possível colaboração com os EUA e a segunda força política no país, são a favor da independência da Dinamarca, mas divergem quanto ao ritmo da mudança. Para os Naleraq a independência tem de ser atingida através de um referendo ou um voto rápido, enquanto os Demokraatit preferem uma abordagem menos apressada.
Os gronelandeses foram às urnas numa altura em que a ilha tem sofrido inúmeras ameaças por parte de Trump de invadir e tomar o território. Ainda na semana passada disse no Congresso que iria adquirir a Gronelândia "de uma forma ou de outra" e prometeu tornar os gronelandeses ricos.
A eleição foi ainda acompanhada de perto na Dinamarca, que governou a ilha do Ártico até 1953 e continua a controlar a sua política externa e a segurança. Na terça-feira, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que tinha sido "um dia de alegria e uma celebração da democracia", felicitando o partido Demokraatit "por uma eleição muito boa" e acrescentando que "o governo dinamarquês aguardará os resultados das negociações, mas estamos ansiosos por trabalhar com o futuro Naalakkersuisut [o governo da Gronelândia]".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.