Sábado – Pense por si

Comerciantes portugueses detidos na Venezuela libertados

Gerentes de supermercados foram acusados de "açambarcar alimentos ou impedir que a população tivesse acesso a bens essenciais".

Os portugueses e luso-descendentes gerentes de supermercado detidos na Venezuela desde a passada quinta-feira foram libertados e vão ficar suspeitos a apresentações periódicas perante as autoridades. A informação foi avançada pelaSIC Notíciase surgiu poucas horas depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, ter revelado que tinha "informações" de que estava "a haver desenvolvimentos" e que aguardava uma confirmação. 

"Estou a confirmar esses desenvolvimentos e, logo que tenha a confirmação, essa informação será divulgada publicamente", declarou Augusto Santos Silva aos jornalistas, em Nova Iorque, no final de uma reunião informal da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), à margem da 73.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU.

Sem revelar quais as informações de que dispunha, o ministro acrescentou: "Aguardemos para ver se esses desenvolvimentos se confirmam".

Na segunda-feira, o MNE confessou que teve uma conversa "dura" com o homólogo venezuelano, Jorge Arreaza, e indicou "linha vermelha" que poderá desencadear consequências diplomáticas. "Eu disse ao meu colega que para nós havia uma linha vermelha e que, evidentemente, não haver progressos na superação deste problema teria consequências nas relações bilaterais", afirmou Augusto Santos Silva então.

Foi uma "conversa muito franca, mas muito dura, não escondo isso. Não se tratou de um encontro diplomático habitual", disse Santos Silva, ao relatar o encontro de meia-hora que manteve à margem da ONU com Jorge Arreaza.

O ministro venezuelano negou qualquer acção contra portugueses, explicando o caso como "uma detenção de gestores ou gerentes que não estavam a cumprir a lei, e que, portanto, estavam a açambarcar alimentos ou estavam a impedir que a população tivesse acesso a bens essenciais", relatou o ministro português à imprensa.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, revelou, na passada quinta-feira, que 34 gerentes de "grandes supermercados"- das redes de supermercados Central Madeirense e Excelsior Gama (que pertencem a portugueses)-  tinham sido detidos por "violar a lei". "Tivemos um grupo de supermercados que esconderam os produtos às pessoas e começaram a cobrar o preço que lhes dava na gana", disse, durante um Conselho de Ministros que foi transmitido pela televisão estatal venezuelana.

Na segunda-feira, o MNE confessou que teve uma conversa "dura" com o homólogo venezuelano, Jorge Arreaza, e indicou "linha vermelha" que poderá desencadear consequências diplomáticas. "Eu disse ao meu colega que para nós havia uma linha vermelha e que, evidentemente, não haver progressos na superação deste problema teria consequências nas relações bilaterais", afirmou Augusto Santos Silva então.

Foi uma "conversa muito franca, mas muito dura, não escondo isso. Não se tratou de um encontro diplomático habitual", disse Santos Silva, ao relatar o encontro de meia-hora que manteve à margem da ONU com Jorge Arreaza.

O ministro venezuelano negou qualquer acção contra portugueses, explicando o caso como "uma detenção de gestores ou gerentes que não estavam a cumprir a lei, e que, portanto, estavam a açambarcar alimentos ou estavam a impedir que a população tivesse acesso a bens essenciais", relatou o ministro português à imprensa.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, revelou, na passada quinta-feira, que 34 gerentes de "grandes supermercados"- das redes de supermercados Central Madeirense e Excelsior Gama (que pertencem a portugueses) tinham sido detidos por "violar a lei". "Tivemos um grupo de supermercados que esconderam os produtos às pessoas e começaram a cobrar o preço que lhes dava na gana", disse, durante um Conselho de Ministros que foi transmitido pela televisão estatal venezuelana.

Na sexta-feira, em Lisboa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador venezuelano para lhe transmitir a "grande preocupação" do Governo pela detenção dos 34 gerentes de duas cadeias de supermercados portugueses. O Presidente da República também se mostrou preocupado.

Segundo a Lei Orgânica de Preços Justos da Venezuela, se forem considerados culpados, poderão ser condenados a penas de prisão de dois a 10 anos.

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