O Hamas libertará pelo menos 50 reféns. Em contrapartida, Israel irá libertar pelo menos 150 prisioneiros palestinianos e vai autorizar a entrada de 200 camiões de ajuda humanitária em Gaza.
A trégua de quatro dias entre Israel e o Hamas, que visa a libertação do primeiro grupo de reféns palestinianos, entrou em vigor esta sexta-feira às 7 horas locais (5 horas em Lisboa).
REUTERS/Amir Cohen
Os termos do acordo referem que o Hamas libertará pelo menos 50 dos 240 reféns feitos durante o ataque ao sul de Israel, no dia 7 de outubro. Em contrapartida, Israel irá libertar pelo menos 150 prisioneiros palestinianos e autorizou a entrada de 200 camiões de ajuda humanitária em Gaza, que tem sido alvo de bloqueios da entrada de combustível, alimentos e medicamentos.
Majed al-Ansari porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar referiu que as duas partes trocaram listas com o nome das pessoas a libertar.
Tanto a entrada de ajuda humanitária como a libertação dos reféns vai ser feita de uma forma faseada e Israel referiu que por cada dez reféns que o Hamas libertar a mais do que acordados as tréguas podem ser alargadas por mais um dia. Os primeiros camiões já entraram no enclave e o primeiro grupo de reféns é constituído por 13 mulheres e crianças, que devem ser libertados esta sexta-feira à tarde.
Israel também deverá começar hoje 39 prisioneiros palestinianos, todos mulheres ou menores. Os prisioneiros serão transferidos primeiro para a prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, onde vão aguardar pela entrega dos 13 reféns israelitas. É esperado que a troca ocorra por volta das 16h00 (14h00 em Lisboa).
O avanço diplomático foi anunciado na quarta-feira e deveria ter começado no dia de ontem mas acabou por ser adiado por 24 horas, esta será a primeira pausa em sete semanas de bombardeamentos no enclave. Segundo dados oficiais o adiamento terá ocorrido porque Israel apresentou uma série de pedidos tardios de clarificação de questões práticas e exigiu a identificação dos reféns que o Hamas iria libertar.
O cessar-fogo iniciou-se após mais uma noite de ataques à Faixa Gaza e em que o Hamas lançou mísseis contra dois colonatos Israelitas situados perto do enclave.
O Egito, um dos mediadores deste acordo juntamente com o Dubai e os Estados Unidos, vai continuar a receber grupos de crianças feridas e doentes graves para tratamento nos seus hospitais, assim como os estrangeiros com dupla nacionalidade que tenham autorização para abandonar Gaza.
Uma fonte de segurança do Egito avançou ainda à AFP que foi criada uma delegação de segurança, que estará presente em Jerusalém e Ramallah, com vista a garantir o "cumprimento da lista" de prisioneiros palestinianos libertados.
Apesar das tréguas as Forças de Defesa de Israel garantem que não existiram alterações nos planos israelitas "até o Hamas ser erradicado". No X o porta-voz militar israelita, Avichay Adraee, afirmou: "A guerra ainda não acabou. A pausa humanitária é temporária. O norte da Faixa de Gaza é uma zona de guerra perigosa e é proibido deslocar-se para norte. Para vossa segurança, devem permanecer na zona humanitária do sul".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.