O comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu refere apenas que se trata de uma trégua de 60 dias: "Os mediadores submeteram a resposta do Hamas à equipa de negociação israelita, estando atualmente sob revisão".
Israel confirmou que recebeu a mais recente proposta de cessar-fogo do Hamas e uma autoridade israelita considerou que esta é "viável", apesar de não avançar detalhes sobre a proposta.
O Hamas já tinha avançado na quinta-feira que enviou uma proposta aos mediadores, um dia depois de mais de cem organizações de ajuda humanitária e defesa de direitos humanos afirmarem que o bloqueio de Israel e a ofensiva militar estão a levar o enclave à fome. A proposta inclui especificamente alterações à entrada de ajuda humanitária, mapas das zonas de onde o exército israelita se deverá retirar e garantias de um fim permanente para a guerra, avançou a France-Presse.
Um funcionário israelita familiarizado com as negociações falou com a Associated Press e considerou a proposta "viável", avançando que Israel está a estudá-la. De forma oficial, Israel já afirmou estar a rever a proposta, mas o comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu refere apenas que se trata de uma trégua de 60 dias: "Os mediadores submeteram a resposta do Hamas à equipa de negociação israelita, estando atualmente sob revisão".
A proposta do Hamas chegou num momento em que o principal enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, está prestes a viajar para a Europa onde se deve reunir com líderes do Médio Oriente para discutir a mais recente proposta do cessar-fogo e libertação de reféns.
A ofensiva militar em Gaza foi lançada depois do ataque do Hamas ao sul de Israel a 7 de outubro de 2023 já matou mais de 59 mil palestinianos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza, que pertence ao governo do Hamas.
Nos últimos meses a violência também aumentou nos territórios ocupados da Cisjordânia e mais de 955 palestinianos foram mortos desde 7 de outubro de 2023. Na quarta-feira à noite dois adolescentes foram mortos a tiro, os jovens foram identificados como Ahmed Al-Salah, de 15 anos, e Mohammed Khaled Alian Issa, de 17. O exército israelita confirmou estas mortes e referiu que disparou contra palestinianos que estavam a mandar coquetéis molotov em direção a uma rodovia perto da cidade de Al-Khader.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso