Os 25 ministros dos Negócios Estrangeiros criticaram "o plano de colonização" que, "a ser aplicado, dividiria o Estado palestiniano em dois".
Israel rejeitou hoje uma declaração conjunta de 25 países, incluindo Portugal, e de uma comissária da UE, na qual pedem o fim da guerra em Gaza e a entrada de alimentos no enclave.
AP Photo/Alex Brandon
"Todas as declarações e afirmações devem ser dirigidas à única parte responsável pela ausência de um acordo para a libertação dos reféns e de um cessar-fogo: o [movimento islamita palestiniano] Hamas, que iniciou esta guerra e a está a prolongar", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, em comunicado.
O documento, assinado por 25 Ministérios dos Negócios Estrangeiros, criticou "o plano de colonização anunciado pela Administração Civil" que, "a ser aplicado, dividiria o Estado palestiniano em dois, constituindo uma violação flagrante do direito internacional e comprometendo gravemente a solução de dois Estados".
"A construção de colonatos em toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, acelerou, enquanto a violência dos colonos contra os palestinianos disparou. Esta situação tem de acabar", de acordo com os signatários.
A declaração conjunta critica o modelo de distribuição de ajuda do Governo israelita, qualificando-o como perigoso por "alimentar a instabilidade e privar os habitantes de Gaza da dignidade humana".
Os países signatários apelaram a todas as partes para que protejam os civis e consideraram "inaceitáveis" as "propostas de remoção da população palestiniana para uma cidade humanitária".
"A deslocação forçada permanente é uma violação do direito humanitário internacional", salientam os Ministérios dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Polónia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
O documento, também assinado pela comissária europeia para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, deixou clara a oposição dos signatários a quaisquer medidas que visem uma "alteração territorial ou demográfica nos Territórios Palestinianos Ocupados".
Os signatários destacaram ainda que os reféns "cruelmente mantidos em cativeiro pelo Hamas desde 07 de outubro de 2023 continuam a sofrer terrivelmente" e condenaram a continuação da detenção.
Os países apelaram à comunidade internacional para que se una em torno de um cessar-fogo "imediato, incondicional e permanente", e reforçaram o apoio "aos esforços dos Estados Unidos, do Qatar e do Egito para alcançar este objetivo".
A guerra em curso em Gaza foi a resposta ao ataque, em território israelita, do Hamas, a 07 de outubro de 2023. De acordo com as autoridades israelitas, 1.200 pessoas morreram e 250 foram feitas reféns por comandos do movimento.
Mais de 59 mil pessoas morreram já na Faixa de Gaza, indicou o Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas, no poder desde 2007.
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