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Um bombardeamento israelita na região fronteiriça levou o governo libanês a prestar as declarações mais agressivas desde a escalada de tensões no Médio Oriente.
Um ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF) levou à morte de três crianças entre os 8 e os 14 anos assim como a da sua avó e ainda deixou duas pessoas feridas, uma delas a mãe das crianças, avançou o Hezbollah.
REUTERS/Alexander Ermochenko
O bombardeamento das localidades de Aynata e Aitaroun ocorreu ao mesmo tempo que o secretário de Estado norte-americano aterrava na capital do Iraque para conversações com o objetivo de evitar a escalada do conflito.
Ao contrário do que ocorreu nas últimas semanas de agravamento das tensões entre o Hezbollah e Israel, sobretudo nas regiões da fronteira entre os dois países, este incidente originou uma tomada de posição por parte do governo libanês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros avançou à agência Reuters que o Líbano vai dar entrada de uma queixa formal contra Israel na Organização das Nações Unidas: "Começámos a preparar uma queixa urgente no Conselho de Segurança das Nações Unidas em resposta ao crime em Aynata contra três crianças e a sua família inocente", declarou Abdallah Bou Habib, que partilhou ainda que o Líbano está a recolher informações sobre o caso.
Já o primeiro-ministro libanês utilizou um tom mais agressivo, emitindo um comunicado onde considera Israel o "inimigo", Najib Mikati lembrou ainda eu o país considera que existem terras ocupadas por Israel no Líbano.
"Foi um crime hediondo que se adiciona aos crimes de ocupação já registados", afirmou garantindo que está "ao dispor daqueles que exigem calma aos crimes cometidos pela ocupação contra o Líbano".
"Este crime é uma nódoa na consciência global que condena a ocupação que Israel está a fazer no sul do Líbano e em Gaza" e "não vai ficar impune".
Israel também já garantiu que está a investigar o ataque para verificar a sua origem, mas a IDF defendeu que todas as suas ações são tomadas com base na informação conhecida. O porta-voz do exército, Daniel Hagari afirmou: "Em relação ao Líbano, atacámos com base na informação e vamos continuar a atacar. Essa é a nossa missão. Quem quer que nos ameace, vamos atacá-los".
O Hezbollah, movimento de resistência considerado como uma organização terrorista, não representa o governo libanês pelo que o facto de dois governantes do país terem vindo a público condenar Israel pode ser o início do agudizar de relação com mais um país do Médio Oriente, que também faz fronteira com Israel.
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