Encontro esteve centrado no futuro da Europa e nas prioridades de Paris e de Berlim.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que França "precisa" da Alemanha para reformar a Europa, a dois dias de uma votação crucial para a formação de um governo de coligação entre os conservadores e os social-democratas alemães.
"O que simplesmente posso dizer é que a ambição [do programa europeu francês] que carregamos não pode ser concretizada sozinha e que precisa de ser conjugada com a ambição alemã", disse o chefe de Estado francês, numa conferência de imprensa conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel, no Eliseu (sede da Presidência francesa), esta sexta-feira.
Este encontro entre Macron e Merkel, o primeiro desde o anúncio do acordo de princípio firmado pelos conservadores alemães liderados pela chanceler Angela Merkel e pelo Partido Social-Democrata (SPD) de Martin Schulz, esteve centrado no futuro da Europa e nas prioridades de Paris e de Berlim.
As consequências para a política europeia do congresso extraordinário do SPD, que vai referendar no domingo o acordo de princípio alcançado com os conservadores (União Democrata-Cristã - CDU, de Angela Merkel, e o seu aliado bávaro União Social Cristã - CSU) no passado dia 12 de Janeiro, dominou as perguntas lançadas pelos jornalistas presentes no Eliseu.
"O meu fervor europeu e a concepção de uma Europa forte não depende da decisão de um outro partido político, embora espere que o SPD dê luz verde para iniciar conversações", declarou Merkel.
A chanceler alemã frisou, no entanto, que a estabilidade do governo alemão é indispensável para fazer avançar a construção europeia.
"Para agir na Europa, é essencial ter um governo estável na Alemanha", disse a política alemã.
A Alemanha está sem governo desde a realização de eleições gerais naquele país, a 24 de Setembro, e Merkel procura cumprir, com o futuro governo de coligação, um quarto mandato.
Macron preferiu não comentar "assuntos de política interna de um país amigo", mas realçou o compromisso europeu manifestado tanto no acordo de princípio como no seio do SPD.
Devido à expectativa em torno das negociações do novo executivo alemão, os dois governantes adoptaram uma postura prudente e não deram pormenores sobre as respectivas propostas para o fortalecimento da União Europeia (UE).
Para Macron, o importante é "saber para onde quer ir" a Europa, porque a partir do momento que esse ponto esteja definido serão encontrados os meios para atingir tal caminho.
O Presidente francês reiterou a sua visão de uma Europa "que protege", "com mais soberania" em matérias como a defesa, novas tecnologias e ambiente.
"Temos de construir a partir das convergências. Sempre construímos assim a Europa", frisou Macron.
Já Angela Merkel deu mais destaque à estabilidade da zona do euro, argumentando que esta "deve estar na vanguarda da competitividade", e às fronteiras da UE, que na sua opinião "não estão protegidas".
Ao lado de Merkel, Macron diz que França “precisa” da Alemanha para reformar Europa
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.