Extrema-direita deverá ter o melhor resultado de sempre, mas ‘cordão sanitário’ trava ambições governamentais.
A Alemanha, ‘motor’ económico e político da Europa, vai este domingo às urnas em busca de estabilidade governativa para responder aos crescentes desafios internos e externos após uma campanha dominada pelas preocupações com a imigração e a economia, que alimentaram uma subida sem precedentes da extrema-direita.
REUTERS/Nadja Wohlleben
As sondagens apontam para uma vitória confortável da coligação CDU/CSU, embora longe da maioria absoluta. O partido liderado por Friedrich Merz tem cerca de 30% das intenções de voto, a uma distância segura da Alternativa para a Alemanha (AfD, extrema-direita), liderada por Alice Weidel, que fez campanha com a promessa de fechar fronteiras e deportar imigrantes ilegais, surgindo na segunda posição com cerca de 21%, naquele que seria o melhor resultado eleitoral de sempre do partido.
O ‘pódio’ é ocupado pelo SPD de Olaf Scholz, o chanceler cessante, que ronda os 15% nas intenções de voto.Todos os partidos negaram perentoriamente a possibilidade de uma aliança pós-eleitoral com a extrema-direita, o que, para a maioria dos analistas, ‘condena’ a CDU e o SPD a um entendimento numa ‘Grande Coligação’, a qual poderá ainda contar com os Verdes ou os liberais do FDP, se estes conseguirem ultrapassar a fasquia dos 5% necessários para entrar no Bundestag. Merz admite, no entanto, a possibilidade de liderar um Governo minoritário, algo inédito na Alemanha.
As eleições antecipadas deste domingo foram precipitadas pelo colapso, em dezembro, da coligação liderada por Scholz e que incluía ainda os Verdes e o FDP.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres