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Alemanha: o abalo político nas eleições em que está tudo em jogo

João Diogo Correia 18 de fevereiro de 2025 às 23:00

Os alemães vão às urnas dia 23 em clima de instabilidade: ataques nas ruas aumentam o discurso anti-imigração e dificultam acordos.

Entre acusações de racismo e extremismo de vários políticos, manifestações nas ruas e ataques à faca e por atropelamento, os episódios sucedem-se a uma velocidade quase diária e antecipam uma nova fase na vida política da Alemanha: já não estável, previsível, feita de acordos ao centro, mas mergulhada num turbilhão político, cultural e social de que ninguém sai ileso. “Quão burro é que alguém pode ser?”, perguntou Olaf Scholz, candidato do Partido Social-Democrata (SPD, centro-esquerda) e atual chanceler alemão, ao adversário Friedrich Merz, que corre lançado para lhe roubar o lugar. “Não vive neste planeta”, devolveu o homem que está perto de levar a CDU (União Democrática Cristã, centro-direita) de volta ao Governo. Não sem dor.

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