A Alternativa para a Alemanha consagrou-se a segunda força com 20,8%, já Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler cessante Olaf Scholz, obteve cerca de 16,4%, enquanto os Verdes, parceiro de coligação, tiveram cerca de 11,6% dos votos.
O bloco conservador liderado por Friedrich Merz venceu as eleições legislativas alemãs com 28,6% dos votos, de acordo com dados oficiais finais, e a Alternativa para a Alemanha (AfD) consagrou-se a segunda força com 20,8%.
REUTERS/Angelika Warmuth
O Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler cessante Olaf Scholz, obteve cerca de 16,4% nas eleições de domingo, enquanto os Verdes, parceiro de coligação, tiveram cerca de 11,6% dos votos. A Esquerda (Die Linke) alcançou cerca de 8,8%, acima dos 4,9% de 2012.
O líder conservador, Friedrich Merz, precisará de parceiros para formar governo.
O candidato dos Verdes a chanceler, Robert Habeck, afirmou no domingo que está disposto a continuar a assumir responsabilidades no governo, caso Merz coloque essa hipótese.
O partido liberal FDP, que Merz esperava ter do seu lado, não conseguiu atingir o limite mínimo de 5% necessário para entrar no Bundestag, o parlamento da Alemanha.
Alice Weidel, líder da AfD, insistiu no domingo à noite que está disponível para negociações, mas Merz reiterou que rejeita coligações com a extrema-direita, mantendo o 'cordão sanitário' contra a extrema-direita.
"Temos opiniões diferentes sobre a política externa, a política de segurança e a NATO. Podem estender-nos a mão o quanto quiserem, mas não vamos cair numa política errada, querem o posto do que nós", disse o futuro chanceler alemão, num curto debate televisivo com os candidatos dos outros partidos, reforçando que não vai "pôr em causa o legado de 75 anos da União Democrata-Cristã (CDU) só por causa de uma autointitulada Alternativa para a Alemanha".
Entre as matérias que opõem CDU e AfD conta-se a questão da segurança e defesa, tendo Merz afirmado que, face à pressão da Rússia, mas também da nova administração norte-americana liderada por Donald Trump, que "é largamente indiferente ao destino da Europa", a grande prioridade deve ser "tornar a Europa progressivamente independente relativamente aos Estados Unidos".
"Vou formar um governo que represente toda a população e vou esforçar-me por formar um governo que resolva os problemas deste país. Como é que esse governo pode ser formado, não sabemos. Não é segredo que gostaríamos de ter um parceiro e não dois, mas o povo decidiu e temos de o aceitar", acrescentou Merz.
O líder da CDU congratulou-se com a vitória e disse pretender formar rapidamente uma coligação governamental.
"Os democratas-cristãos vão honrar a sua responsabilidade de formar um governo depois de ganharem as eleições alemãs. O mundo lá fora não está à espera da Alemanha e não está à espera de longas conversações de coligação em negociações", declarou Merz nas primeiras palavras dirigidas aos apoiantes na sede do partido, em Berlim.
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