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Al-Jolani, o líder jihadista que quer convencer o mundo do contrário

Leonor Riso
Leonor Riso 09 de dezembro de 2024 às 07:00

Filho de uma professora e de um economista, ligou-se ao jihadismo depois de a família o afastar de uma mulher. Esteve preso numa incubadora de terroristas e agora, apresenta-se como um conciliador. Será?

QO futuro é nosso." Abu Mohammed al-Jolani, líder do maior grupo da oposição ao regime de Bashar al-Assad, não demorou a dar essa garantia momentos após a conquista de Damasco, em declarações lidas na televisão. Dias antes, o também fundador do Hayat Tahrir Al Sham (HTS) fora filmado na cidadela de Alepo, a primeira cidade a cair sob seu domínio na ofensiva contra as tropas do governo deixadas sozinhas pela Rússia e pelo Irão. De farda militar e barba aparada, o homem que no vídeo proíbe os combatentes de entrar em casas alheias e lhes pede para protegerem o povo em nada se assemelha ao jihadista da Al-Qaeda de há 10 anos que, de cara tapada, prometeu fazer respeitar a lei islâmica na Síria. Trata-se de uma mudança que, asseguram os analistas, só aconteceu para aproximar al-Jolani do poder numa busca que dura há largos anos.

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