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Os talibãs indicaram que as equipas de resgate continuam a trabalhar na zona afetada pelo terramoto, onde já ocorreram várias réplicas.
Os talibãs elevaram hoje para 1.457 o número de mortos, no sismo que há três dias atingiu o leste do Afeganistão.
Após o sismo no Afeganistão, casas destruídas e pessoas soterradasAP Photo/Nava Jamshidi
“Até agora, o número de mártires atingiu 1.457 e o de feridos 3.394; o número de casas destruídas nas zonas afetadas atingiu 6.782”, declarou o porta-voz adjunto dos fundamentalistas, Hamdullah Fitrat, numa mensagem publicada na rede social X.
Os talibãs indicaram que as equipas de resgate continuam a trabalhar na zona afetada pelo terramoto, onde já ocorreram várias réplicas.
“As equipas de salvamento trabalharam durante todo o dia para resgatar os que ficaram presos sob os escombros e carregar os feridos, que foram depois transportados de helicóptero para os hospitais”, afirmou Fitrat, acrescentando que a maioria das zonas afetadas pelo sismo já tem em curso operações de resgate e socorro.
O porta-voz adjunto acrescentou que alguns países enviaram equipas de resgate especializadas para participar nas operações de salvamento e que as estradas que conduzem às zonas atingidas pelo sismo já foram abertas.
“Todos os departamentos governamentais, em cooperação com a população local, estão a esforçar-se por ajudar os afetados”, indicou.
O Afeganistão, palco de décadas de guerra e crise económica, enfrenta agora um novo desafio após este terramoto, o mais devastador no país desde os que afetaram em 2023 a província de Herat.
A ajuda global procedente de países como a Índia começou a chegar nas últimas horas, juntamente com a ajuda de agências internacionais e organizações não-governamentais (ONG).
O ministro dos Negócios Estrangeiros afegão, Amir Khan Muttaqi, pediu às missões diplomáticas do país para, depois do sismo de domingo, “redobrarem os esforços” para obter ajuda internacional, “fornecerem os recursos necessários e garantirem a gestão eficaz da assistência humanitária”.
Muttaqi “manteve conversações com as representações políticas afegãs no estrangeiro sobre a assistência destinada aos cidadãos afetados pelo recente terramoto na província de Kunar e regiões vizinhas”, disse a diplomacia afegã, num comunicado divulgado na rede social X.
“O ministro instruiu todas as missões diplomáticas afegãs a fornecer informação sobre a situação posterior ao sismo aos responsáveis governamentais, organizações de solidariedade social e filantropos” nos países onde estão presentes, referiu.
Entre os participantes na reunião virtual com Muttaqi, estavam representantes diplomáticos na Rússia, na China, no Iraque, no Qatar e no Cazaquistão, segundo imagens partilhadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros talibã.
Na segunda-feira, o Programa Alimentar Mundial (PAM) iniciou a distribuição de alimentos e bolachas energéticas em Kunar e Nagarhar, epicentro da catástrofe, e lembrou que muitas das comunidades afetadas já se encontravam em situação vulnerável antes do sismo.
O Governo talibã publicou entretanto uma lista de contas bancárias para receber donativos monetários diretos para as vítimas do terramoto, apesar de o regime operar sob severas sanções financeiras internacionais.
O porta-voz adjunto do regime difundiu na X uma “tabela com números de contas bancárias (…) para angariar ajuda” destinada às províncias de Kunar e Nangarhar.
Esta tentativa de centralizar a ajuda concorre com a desconfiança gerada por um regime não reconhecido internacionalmente: os talibãs estão sujeitos a um severo bloqueio financeiro desde agosto de 2021, altura em que regressaram ao poder, e o país está em grande parte desligado do sistema bancário internacional SWIFT.
O movimento islamita e os líderes também permanecem sob sanções que proíbem transações financeiras, medida que paralisou a economia e agora complica a entrega de ajuda monetária direta ao Governo.
Além disso, surgiram canais de ajuda paralelos, como campanhas de recolha de fundos lançadas pela estrela mundial do críquete Rashid Khan e pelo ativista da diáspora Nilofar Ayubi.
Estas iniciativas juntam-se às de grandes ONG, como a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), que solicitou 25 milhões de francos suíços (cerca de 26 milhões de euros).
Na zona afetada pelo sismo, a situação é desesperada: além dos mortos e feridos, a ONU estima que 12.000 pessoas tenham ficado sem casa, e os sobreviventes, muitos deles refugiados recém-regressados, enfrentam falta de abrigo, água potável e alimentos, sob um calor extremo, enquanto os hospitais da região estão totalmente sobrelotados.
Organizações como a Islamic Relief descreveram “aldeias inteiras reduzidas a lama e escombros”.
A chegada de qualquer tipo de ajuda enfrenta restrições crónicas no país, com muitas das aldeias mais afetadas na província montanhosa de Kunar isoladas por aluimentos de terra que bloquearam estradas precárias.
Estruturalmente, a catástrofe atinge uma nação devastada por quatro décadas de guerra: o sistema de saúde já estava à beira do colapso antes do sismo, tal como a economia desde o corte da ajuda internacional em 2021, tornando o Afeganistão um dos lugares mais difíceis do mundo para lidar com uma emergência.
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