
Médio Oriente: Escassez de combustível em Gaza chegou a "níveis críticos"
Os signatários da carta acrescentam que os seus trabalhos em Gaza poderão ser interrompidos de forma total, tendo alertado para o consequente impacto.
Os signatários da carta acrescentam que os seus trabalhos em Gaza poderão ser interrompidos de forma total, tendo alertado para o consequente impacto.
A Faixa de Gaza, com uma população de cerca de 2,1 milhões de habitantes, foi sujeita a um bloqueio de ajuda (alimentos, medicamentos e outros bens básicos, como combustível) durante quase três meses, até que Israel permitiu o acesso limitado a bens na semana passada.
Se o fogo atingir o depósito de combustível, "será um desastre", alertou o diretor interino da unidade hospitalar, Mohammed Salha.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, apelou a um cessar-fogo urgente e à distribuição "sem entraves" de ajuda humanitária.
"Uma nova escalada do conflito este fim de semana sublinhou a necessidade de uma resposta humanitária imediata", explicou fonte do Programa Alimentar Mundial.
A ajuda humanitária que chega agora a Gaza passa, quase totalmente, pelo cais flutuante dos Estados Unidos.
Uma agência das Nações Unidas estava já a distribuir alimentos aos sobreviventes de uma das muitas inundações que atingiram o Afeganistão nas últimas semanas.
A agência militar israelita garantiu que não limita a quantidade de ajuda humanitária que dá entrada no enclave e afirmou: "Não existe fome em Gaza. Ponto final".
No passado dia 21 de outubro, Israel e o Egito aceitaram a entrada de ajuda humanitária - com restrições - sendo que até ao momento entraram em Gaza 451 carregamentos.
Ajuda que chegou até agora só cobre 4% das necessidades. Combustível ainda não entrou no enclave, apesar de ser preciso para manter os hospitais funcionais.
150 mil toneladas de trigo vão ser enviadas para países que sofrem de "fome severa e subnutrição" no Corno de África. Medida tem ainda como objetivo ajudar a Ucrânia a recuperar da "devastação global causada pela guerra brutal do Presidente russo, Vladimir Putin".
Na segunda-feira, o primeiro carregamento de cereais partiu do porto de Odessa através do navio Razoni, com bandeira da Serra Leoa. O representante turco no Centro de Coordenação Conjunta (CCJ), em Istambul, afirmou esta terça-feira que o navio deverá chegar esta noite.
O fornecedor de armas a Jonas Savimbi a troco de diamantes e traficante multimilionário está prestes a deixar a penitenciária de Marion, no Illinois, onde cumpre uma pena de 25 anos.
Acordo entre a Ucrânia, Rússia, Turquia e ONU, para a exportação de cereais é válido por quatro meses, eventualmente prorrogáveis. O acordo está dependente de garantias de segurança que não foram tornadas públicas.
Colheitas do "celeiro da Europa" estão a ser vendidas a países africanos empobrecidos pela seca. Rússia nega roubo e diz que o ónus está com a Ucrânia para abrir os corredores marítimos.
David Beasley, chefe do Programa Alimentar Mundial, garante que se os carregamentos dos cereais e de outros produtos agrícolas não forem retomados a partir do porto de Odessa na Ucrânia "poderemos assistir a situações de fome em todo o mundo".