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Tony Carreira: "A dor não vai suavizando. Aprende-se a sobreviver com ela"

Raquel Lito
Raquel Lito 01 de dezembro de 2021 às 10:00

Um ano após a morte da filha mais nova, Sara, o cantor diz-se um homem diferente. Não podia ser, aliás, de outra forma. Descreve-se como alguém "pontualmente alegre”, que só poderá completar o luto depois de descobrir o que se passou na A1, naquela noite de 5 de dezembro de 2020: “Não é para encontrar culpados. Nada me vai trazer a minha filha. Qualquer pai tem direito de saber o que aconteceu.”

Ninguém dá pela sua chegada ao cafévegan, em Campo de Ourique, Lisboa. Naquela tarde de quinta-feira, 25 de novembro, o homem vestido de creme, 57 anos, é simplesmente António Antunes, nome herdado do avô paterno. O artístico, americanizado, Tony, com prenúncio de sucesso, Carreira – que já atuou ao vivo mais de 2.000 vezes, 20 delas na Altice Arena e 15 no mítico Olympia de Paris –, fica para segundo plano.

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