Sábado – Pense por si

Jorge Soley: “O movimento woke acha-se moralmente superior”

Vanda Marques
Vanda Marques 26 de março de 2023 às 18:00

O economista espanhol diz que a liberdade de expressão está em risco. Defende no seu livro dos cancelados que o politicamente correto se assemelha à revolução cultural chinesa e que a polarização é um negócio para alguns ativistas.

Não tem medo de ser polémico nem de ser cancelado. “Já estou na lista negra de alguns meios”, desabafa ao telefone com a SÁBADO. Jorge Soley, de 53 anos, é formado em economia e escreveu o livro Manual do Bom Cidadão, em que explica que o movimento woke e o politicamente correto não são novos. Diz que há censura e que estes ativistas se comportam como uma pseudo- religião. “Temos de nos libertar do medo de que nos cancelem”, diz. “Temos de discutir ideias, sabendo que há pessoas que não estão de acordo com o que eu digo e eu discordo. Não podemos ter medo.”

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.