Estrangeiros que investem milhões, portugueses que vendem pelo dobro e vão para a periferia, rendas loucas. Ao contrário do boom anterior, este começou com casas usadas no centro das cidades – e está a mudar o paradigma do mercado português
Comprámos a casa já reabilitada em Alvalade, em Lisboa, a 2.850 euros por metro quadrado. Foi só há 16 meses. Hoje, o T3 no prédio dos anos 50, com um ar maltratado pela incúria gerada por zangas familiares antigas, vale 4 mil euros por metro quadrado – uma valorização bruta de 40% para um patamar que, há pouco tempo, era o ponto de partida para o rótulo de "luxo". Quando ouvi há dias esta avaliação de dois consultores de mediação imobiliária ("não há produto que chegue para a procura nessa zona", justificou um deles na gíria típica do sector) fiquei só meio surpreendido – afinal, ia a meio da pesquisa para este artigo. Já tinha ouvido como Maria Cristina vendeu este ano o seu T3 na Penha de França quase pelo dobro do preço a que comprara em 2009 e como desesperou para conseguir uma casa nova (spoiler: conseguiu). Jorge Vaz, director comercial da VazConstrói, já tinha contado como vende ainda em planta quase tudo o que lança na periferia de Lisboa, incluindo T4 em Moscavide a 1 milhão de euros. João Nuno Magalhães, que dirige a mediadora Predibisa, já explicara como vai nascer um novo quarteirão de 12 mil metros quadrados no centro do Porto, com o metro quadrado a poder tocar novos recordes. E o milionário francês Claude Berda estava a caminho de explicar como vai investir mais de 500 milhões em Portugal.
Imobiliário: porque está o arrendamento temporário em alta
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.