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CGD: Paulo Rangel exige demissão do secretário de Estado

24 de novembro de 2016 às 12:03
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Eurodeputado social-democrata considera que "só resta" ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças "assumir as consequências políticas" das reuniões do presidente da CGD em Bruxelas

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel defendeu esta quinta-feira que "só resta" ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças "assumir as consequências políticas" das reuniões do presidente da Caixa Geral de Depósitos em Bruxelas quando ainda era quadro do BPI.

 

Numa publicação colocada ao final da manhã na sua página na rede social Facebook, o líder da delegação do PSD ao Parlamento Europeu sustenta que, "perante o reconhecimento público feito pelo Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças de que o Governo português mandatou um administrador de um banco privado para negociar o futuro da Caixa Geral de Depósitos", só lhe resta um caminho, sugerindo implicitamente a sua demissão.

 

"Creio que só resta ao responsável que o Governo designou para gerir esta pasta, o Secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix, assumir as consequências políticas deste ato que é totalmente contrário à transparência, à ética republicana e é revelador da enorme falta de consideração que este Governo tem pelos contribuintes", escreveu Rangel, antes de deixar Estrasburgo, onde participou numa sessão plenária do Parlamento Europeu, rumo a Portugal.

 

A Comissão Europeia confirmou na quarta-feira ter-se reunido com o actual presidente da CGD para debater a recapitalização do banco quando este ainda não tinha sido nomeado para o cargo, e pertencia aos quadros do BPI.

 

Em resposta a uma questão do eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, salientou que "o novo plano de actividades para a CGD foi apresentado à comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais."

 

A comissária, segundo a resposta a que a Lusa teve acesso, disse "ter sido contactada pelas autoridades portuguesas pela primeira vez em Abril de 2016" sobre uma nova recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

A comissária adiantou que "compete às autoridades nacionais decidir quem deve estar presente ao seu lado nas reuniões".

 

António Domingues só a 31 de agosto assumiu funções como presidente da CGD, tendo renunciado ao cargo que mantinha no conselho de administração do BPI a 30 de Junho.

 

Já na manhã desta quinta-feira, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, disse que se impõe ao Governo, e nomeadamente ao primeiro-ministro, um "esclarecimento urgente" sobre os encontros do presidente da Caixa Geral de Depósitos em Bruxelas quando ainda era quadro do BPI.

 

"As instituições da União Europeia estão a dar mais informações que o Governo e a administração" da Caixa Geral de Depósitos (CGD), afirmou o líder da bancada social-democrata em conferência de imprensa no parlamento, instando o Governo e António Costa a prestar esclarecimentos.

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