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Centeno: "A pandemia não é um choque estrutural à economia"

Jornal de Negócios 05 de maio de 2021 às 12:03
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O Banco de Portugal publicou esta quarta-feira o boletim económico de maio sobre a evolução da economia em 2020. As medidas de apoio ao mercado de trabalho permitiram evitar uma queda maior do emprego, diz o banco central.

"A pandemia não é um choque estrutural à nossa economia", defendeu esta quarta-feira o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, na apresentação doboletim económico de maio, em Lisboa. O documento faz uma análise ao comportamento da atividade económica em 2020, o ano marcado pela covid-19.

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"A pandemia não tem associada uma necessidade de alteração estrutural na nossa economia, porque as empresas eram viáveis antes da crise e acumularam poupanças", defendeu o governador, frisando que a crise é temporária.

"Em 2020 o emprego foi retido nas empresas, à custa de um esforço muito significativo das empresas, do Estado e dos trabalhadores", assinalou, notando que "não faz sentido" tentar fazer alterações estruturais quando o choque foi exógeno.

Segundo o documento, as medidas de apoio ao mercado de trabalho contribuíram para evitar uma queda maior do emprego em 2%, em termos anuais. Em termos trimestrais, o documento adianta que a queda de 3,8% no emprego total no segundo trimestre do ano passado, o momento mais agudo da crise, teria sido de 8%, não fossem os apoios, nomeadamente o lay-off.

(Notícia em atualização)

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.