A presidente do BCE afirmou que é crucial que os bancos centrais forneçam uma âncora nominal para a economia e assegurem a estabilidade dos preços numa era marcada por mudanças.
Manter as taxas de juro "em níveis suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário" para assegurar o regresso da inflação aos 2% no médio-prazo. Foi esta a mensagem transmitida pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, esta sexta-feira, durante o seu discurso no Simpósio de Jackson Hole, que decorre desde quinta-feira no estado de Wyoming.
Afirmando que "não há um manual de regras" para a situação que se enfrenta hoje, Lagarde afirmou que a tarefa dos bancos centrais é "desenhar um novo". "Nesta era de incerteza, é ainda mais importante que os bancos centrais forneçam uma âncora nominal para a economia e assegurem a estabilidade dos preços em linha com os seus respetivos mandatos", afirmou, num discurso dedicado ao desenho de política monetária em tempos de "mudança" e de "disrupção".
Mudanças estas que passam por "alterações profundas no mercado laboral" e no tipo de trabalho, mas também pelo surgimento de novas tecnologias, que, assumiu, "como em todas as revoluções tecnológicas irá provavelmente destruir certos postos de trabalho e criar novos".
E manter uma política monetária robusta em tempos de mudanças, continuou Lagarde, exige três elementos-chave: "clareza, flexibilidade e humildade".
"Precisamos de mostrar clareza no nosso objetivo e no compromisso constante de o atingir", disse, reforçando que tal será importante para estabelecer o papel da política monetária que, num mundo em mudança, não deve tornar-se uma fonte de instabilidade.
Alerta ainda que deve evitar-se "cair na armadilha de focar demasiado nos dados atuais", apelando a que em vez disso se construam enquadramentos de política monetária que capturem a complexidade atual. "No caso do BCE, temos tomado as nossas decisões futuras em três critérios: a perspetiva para a inflação, as dinâmicas da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária", acrescentou.
A mensagem transmitida por Lagarde está em linha com a de Powell, que reforçou ao início da tarde que a Fed "está preparada para subir mais os juros se necessário".
O BCE concretizou em julho a nona subida consecutiva nas três taxas de juro de referência (num total de 425 pontos base) para tentar travar a inflação. E o aumento dos preços no consumidor tem vindo a abrandar, tendo desacelerado para os 5,3% em julho, mas está ainda longe da meta hoje novamente reforçada por Lagarde (2%). Contudo, a pressão sobre o BCE para travar o ciclo de subidas dos juros é um pouco diferente, uma vez que os sinais de contração da economia na Zona Euro são cada vez maiores.
A próxima reunião de política monetária do banco central está marcada para 14 de setembro, não tendo Lagarde fornecido pistas sobre se o próximo encontro trará a décima subida consecutiva ou uma pausa.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?