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Associação de Leasing, Factoring e Renting critica declarações de ministro do Ambiente

29 de janeiro de 2019 às 15:32
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A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting comentou hoje não haver qualquer base técnica nas declarações do ministro do Ambiente, Matos Fernandes.

A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting comentou hoje não haver qualquer base técnicanas declarações do ministro do Ambiente, que previu falta de valor na troca dos carros com motor a gasóleo dentro de quatro anos.

"A referida afirmação não tem assim qualquer base técnica e só pode ser entendida num contexto político desfasado da realidade do setor automóvel", segundo a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

Em entrevista publicada na edição de segunda-feira doJornal de Negócios, João PedroMatos Fernandesafirmou ser "muito evidente que quem comprar um carro 'diesel' muito provavelmente daqui a quatro ou cinco anos não vai ter grande valor na sua troca".

Para a ALF, as palavras do governante também "não espelham a realidade" e "não contribuem para reforçar a previsibilidade e estabilidade que devem nortear o esforço de redução das emissões dos veículos em que toda a sociedade está empenhada".

A associação sublinhou a evolução considerável dos motores a diesel referindo que a transição para automóveis híbridos e/ou elétricos "deverá processar-se de forma gradual, acompanhando a evolução natural do mercado e da crescente oferta de viaturas cada vez mais eficientes ao nível de emissões, sejam elas elétricas, híbridas, a gasolina ou a diesel".

Na segunda-feira, a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) tinha já lamentado que o "sr. ministro não tenha ponderado o impacto das suas palavras na atividade das empresas do setor automóvel", até porque esta indústria é a "principal exportadora em Portugal" e o setor é o "principal contribuinte líquido do Estado, ao ser responsável por mais de 25% do total das receitas fiscais".

Já a Zero - Associação Sistema Terrestre Sustentável manifestou-se "de acordo com a questão levantada pelo ministro do Ambiente", e disse que têm perspetivas em "completa consonância" relativamente ao futuro próximo.

"Neste caso, estamos de acordo com a questão levantada pelo ministro", afirmou em declarações à Lusa o presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira.

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