O órgão regulador do atletismo avançou que a medida entra em vigor a 31 de março e pretende "proteger o futuro da categoria feminina".
O conselho da World Athletics, antiga Associação Internacional de Federações de Atletismo, votou a proibição de mulheres transgénero competirem em competições femininas de elite se tiverem vivido a puberdade enquanto rapazes.
Kirby Lee-USA TODAY Sports
O órgão regulador garante que a medida, que entra em vigor a 31 de março, pretende "proteger o futuro da categoria feminina". Seb Coe, presidente da Associação, admitiu que esta pode ser uma decisão controversa mas garante que o atletismo é guiado por um "princípio abrangente de justiça" e que a ciência demonstra a vantagem masculina no desempenho físico.
"As decisões são sempre difíceis quando envolvem necessidades e direitos que entram em conflito, mas continuamos a considerar que devemos manter a justiça para as atletas acima de todas as outras considerações. Acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental", referiu após a tomada de decisão. Ainda assim garante que esta não é uma decisão "para sempre" e que se pode alterar consoante o resultado de novas investigações.
A World Athletics vai também desenvolver um grupo de trabalho para consultar atletas transgénero e estudar os próximos passos para a sua inclusão. Seb Coe revelou que a World Athletics fez uma "consulta há uns meses para provocar o debate" e ter a opinião de "todas as nossas partes interessadas, incluindo atletas, treinadores e federações membros" de forma a conseguir tomar uma decisão ponderada e de acordo com a opinião dos seus associados.
Esta é uma questão que tem sido debatida em vários desportos depois da levantadora de peso Laurel Hubbard se ter apurado para os Jogos Olímpicos em 2021, depois de ter feito a sua transição de sexo aos 30 anos.
Desde então a maioria das modalidades tem permitido que as mulheres trans compitam desde que os seus níveis de testoterona estejam controlados e sejam apresentados antes. Ainda assim os últimos estudos demonstram que as mulheres transexuais mantêm uma vantagem a nível de força, resistência, potência e capacidade pulmonar.
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