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O presidente ucraniano quer realizar uma Cimeira Global para a paz, ainda durante este inverno, para que seja discutido o seu plano de 10 pontos para a paz.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que tem promovido o seuplano de dez pontospara alcançar a paz. Depois da sua visita aos Estados Unidos avançou também que foi esse mesmo plano que discutiu na reunião com Joe Biden e que tem como objetivo que os líderes mundiais realizem uma Cimeira Global para a Paz com base no mesmo.
Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS
Mas afinal, de que plano se trata?
A primeira vez que o presidente ucraniano referiu a sua fórmula de paz foi durante o seu discurso como convidado na reunião do G20. Desde essa altura que esclareceu que o plano tem por base dez fatores:
- Radiação e a segurança nuclear, que tem por base o objetivo de restaurar a segurança em torno da maior central nuclear da Europa, que apesar de se localizar em Zaporíjia na Ucrânia, está sobdomínio russo desde o início da invasão.
- Garantia da segurança alimentar, que inclui a proteção e garantia dasexportações de cereaisda Ucrânia para as nações mais pobres do mundo.
- Segurança energética. Zelensky foca este ponto nalimitação dos preços pagos pelos recursos energéticos russose na ajuda internacional prestada à Ucrânia para que seja possível restaurar as suas infraestruturas de energia, uma vez que metades das existentes no país foramdanificadaspor ataques russos desde o início da invasão.
- Libertação de todos os prisioneiros de guerra ucranianos e deportados, incluindo as crianças deportadas para a Rússia que os meios de comunicação internacionais têm noticiado que estão a ser registadas para adoção.
- Restaurar a integridade territorial da Ucrânia, a Rússia deve reafirmar as fronteiras entre os dois países com base na Carta da ONU.
- Retirada de todas as tropas russas do território ucraniano e cessação das hostilidades, através da restauração das fronteiras entre os dois países vizinhos.
- Prevenção para o ecocídio, este ponto trata-se da proteção do meio ambiente contra as destruições de larga escala e a sobre-exploração de recursos não renováveis, com foco na desminagem e recuperação das estações de tratamento de água no país invadido.
- Prevenção da escalada do conflito e construção de um plano de segurança que garanta a proteção do espaço euro-atlântico e que traga garantias de proteção para a Ucrânia.
- Confirmação do final da guerra, que inclui um documento assinado por ambas as partes envolvidas.
O que é a Cimeira Global para a Paz?
Depois de em novembro ter apresentado o seu plano para a paz ao G20, em dezembro, Zelensky discursou na reunião do G7, grupo das sete nações mais industrializadas, e pediu-lhes que apoiem a sua ideia para a realização de uma Cimeira Global para a Paz.
Idealmente esta cimeira ocorreria ainda durante este inverno e iria servir para que os líderes mundiais discutissem o plano de paz já apresentado "como um todo ou que se focassem em alguns pontos específicos".
Qual tem sido a resposta aos apelos de Zelensky?
A Rússia tem rejeitado as propostas de paz, apesar de afirmar que estápronta para as negociações. Porém, na terça-feira, Moscovo afirmou que não vai abrir mão de nenhumterritório anexadodesde o início da invasão, o que atualmente representa cerca de um quinto do território ucraniano.
Já omundo ocidental tem apoiadoas forças militares ucranianas. Um apoio que já ultrapassou os milhares de milhões de euros e tem sidoliderado pelos Estados Unidos. Também está a ser enviada ajuda humanitária. No entanto, no que se refere à Cimeira Global para a Paz, o ocidente tem sido mais cauteloso no seu apoio.
Durante a visita de Zelensky a Washington na semana passada, Joe Biden afirmou numaconferência de imprensaque os dois líderes "partilham exatamente a mesma visão" para a paz e que os Estados Unidos se encontram comprometidos em apoiar a Ucrânia para que esta se consiga defender do invasor.
Também os líderes do G7, quando reunidos em dezembro, garantiram que estão comprometidos com o objetivo de restaurar a paz na Ucrânia "de acordo com os seus direitos consagrados na Carta da ONU".
Já António Guterres, secretário-geral da ONU, considera que a guerra vai ser longa e que é necessário "esperar pelo momento em que as negociações sérias de paz sejam possíveis".
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