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Zelensky admite negociações de paz diretas com Moscovo

Zelensky explicou que três dos pontos deste plano de paz já foram conseguidos, o que permitiria à Rússia ser convidada para uma segunda conferência de paz, como a que se realizou na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu este sábado que a nova proposta de plano de paz para a Ucrânia deverá permitir negociações diretas com a Federação Russa.

"O plano estará pronto no início de novembro. Será um começo para alguma base para falar em qualquer formato com a Rússia. Em qualquer formato. Com qualquer um dos seus representantes. Porque haverá um plano", assegurou o líder ucraniano num comunicado.

Zelensky explicou que três dos pontos deste plano de paz já foram conseguidos, o que permitiria à Rússia ser convidada para uma segunda conferência de paz, como a que se realizou na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.

"Não pode haver um fim para a guerra sem uma das partes envolvida", argumentou Zelensky, embora se mostre convencido de que a Rússia quer continuar com a guerra, pelo que questionou a vontade de Moscovo em participar na conferência de paz, que poderá realizar-se ainda este ano.

Zelensky insiste que, antes de tudo, é necessário que a Ucrânia se fortaleça tanto quanto possível antes da reunião.

Corroborando esta ideia de preocupação do Presidente, o chefe da diplomacia ucraniana, Andrí Bibiga, avisou hoje que a Rússia se prepara para atacar instalações nucleares, para restringir ainda mais o acesso a energia elétrica do país, antes do inverno.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano referiu que os ataques podem afetar "sistemas abertos de distribuição em centrais nucleares e subestações de transmissão, cruciais para o funcionamento seguro da energia nuclear".

"Os danos nestas instalações representam um elevado risco de um incidente nuclear com consequências globais", alertou Bibiga, referindo-se à central nuclear de Zaporijia, ocupada pelas forças de Moscovo.

Os ataques russos ao sistema energético ucraniano obrigaram as autoridades ucranianas a implementar cortes sistemáticos de energia durante o verão e há receios de que a situação possa tornar-se ainda mais grave no inverno.

REUTERS/Johanna Geron
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