A tecnologia está a mudar a forma como são prestados os cuidados de saúde. Permite fazer diagnósticos em frações de segundos e prevenir AVC, oferecer tratamentos mais personalizados e antecipar crises de doenças como a diabetes ou a esclerose múltipla, operar um tumor com visão de Super-Homem e até devolver a voz a quem deixou de comunicar.
Os números ajudam a dar a dimensão. Estima-se que hoje um radiologista veja em média 25 a 50 mil imagens num turno de 12 horas. É o mesmo, para se ter uma ideia, que ver três longas-metragens seguidas, cada uma com cerca de 2 horas. Mas neste caso há uma diferença: “É preciso encontrar num frame alguma coisa que me pareça uma anomalia”, destaca Hugo Marques, diretor da área de saúde digital e automação da Siemens Healthineers Portugal. É aqui que entra a Inteligência Artificial – tornou-se impossível gerir toda a informação disponível. Como termo de comparação, há 50 anos, o mesmo radiologista via apenas 500 imagens por turno. “Não temos capacidade, enquanto humanos, de analisar triliões de dados que estão disponíveis de cada doente. Portanto, a inteligência artificial dá-nos essa possibilidade de, com o poder computacional que tem, analisar dados que não conseguimos a olho nu. No fundo, aumenta a capacidade do clínico”, explica a bioinformática Miriam Seoane Santos, investigadora do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra.
Como a Inteligência Artificial já previne doenças e salva vidas
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Há necessidade de mais literacia e capacidade de auto-regulação, para que os indivíduos sejam capazes de utilizar determinadas ferramentas. Mas também precisamos de regulação das plataformas.
O alegadamente firme almirante arrisca passar por quem acredita nos milagres do spin doctoring. Só que no fim, ficamos como no início: afinal o que é que pensa mesmo Gouveia e Melo?
É difícil explicar porque é que um parricídio ou um matricídio nos causa tanto horror. Entre várias coisas é porque, em princípio, é também um crime contra os nossos primeiros cuidadores.