Sábado – Pense por si

O negócio milionário das drogas do sexo

Tiago Carrasco 28 de março de 2018 às 16:38

Prometem desempenhos sexuais a preços baixos, mas podem provocar ataques cardíacos e dependência psicológica. Em 2017, os portugueses gastaram 27 milhões de euros em medicamentos para a disfunção eréctil.

João F. começou a consumir álcool e drogas ainda na adolescência sem nunca pensar que o seu maior vício seriam os potenciadores sexuais: chegou a tomar três por dia. Aos 25 anos, então estudante de Engenharia do Ambiente e DJ aos fins-de-semana na zona de Almada, levava uma vida sexual bastante activa: tinha várias parceiras e participava em orgias organizadas através de um fórum virtual de que era membro. "Como não queria que me reconhecessem perto de casa, corria todas as sex shops da Margem Sul do Tejo para comprar estimulantes. Tomava um todas as manhãs em que sabia que ia ter sexo. Conseguia aguentar várias horas seguidas, com espaços muito curtos entre as erecções. Nos grupos que frequentava, quase todos os homens usavam", conta. Experimentou muitas marcas, das originais às falsificações, acabando nos suplementos alimentares supostamente naturais, a que recorria com maior frequência: "Desvalorizava os efeitos secundários, dores de cabeça e tonturas. Como diziam ser naturais, não me preocupava muito com as consequências", diz.

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