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Allen Gomes: "Há sexo em toda a parte. Onde é que não o encontra?"

Vanda Marques
Vanda Marques 10 de fevereiro de 2018 às 11:00

Com 75 anos, continua a dar consultas três vezes por semana no seu gabinete, em Coimbra. Diz que trabalhar o ajuda a viver, que quis ser médico como o pai, mas a psiquiatria e a sexologia atraíram-no mais. Abriu o consultório em 1978 e não pensa parar tão cedo.

Não havia doentes com 50 anos a falar de problemas de sexo. O tema deixava todos - pacientes e médicos - desconfortáveis. Mas foi neste ambiente que Francisco Allen Gomes escolheu trabalhar em sexologia, uma área nova nos anos 70. Ainda nem tinha acontecido o 25 de Abril, e já o psiquiatra explicava o que era sexo oral. Allen Gomes tem o dom de transformar assuntos complexos em conversas transparentes. O sexo, como diz o psiquiatra que nasceu em Mértola e que aos 9 anos foi viver para um colégio interno no Estoril (só via a família nas férias e passava dois dias a viajar para chegar ao Alentejo), somos nós. Com 40 anos de carreira, está longe de parar. "Gosto de trabalhar, preciso de trabalhar, acho que trabalhar me ajuda a viver, a pensar, a manter-me útil, e a manter a minha identidade social, a de médico."

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