Homem de 26 anos escondeu-se num quintal após o incidente até se ter entregado à polícia. Trata-se de um refugiado sírio que pediu asilo à Alemanha em 2022. Era para ser transferido para a Bulgária em 2023, mas escondeu-se.
Às 21h37 (20h37 em Portugal continental) de sexta-feira, 23 de agosto, foram recebidas as primeiras chamadas de emergência, indicam as autoridades alemãs. Um homem havia entrado pelo "Festival da Diversidade", na cidade de Solingen, Alemanha, onde se encontravam 80 mil pessoas, e de forma aleatória, segundo relatam testemunhas,começou a esfaquear várias pessoasque se encontravam junto ao palco.
Três pessoas acabaram por morrer e outros oito ficaram feridas na sequência deste ataque. As vítimas são uma mulher de 57 anos e dois homens: um com 57 anos e outro com 67 anos.
Em cenário de grande confusão, o suspeito acabou por conseguir escapar. A polícia procurou o autor do crime ao longo de 26 horas. Durante este tempo, o homem manteve-se escondido num quintal, revelaram fontes ao jornal alemãoBild.
Durante a investigação, em torno do suspeito desaparecido, a polícia apreendeu diversas facas edeteve um adolescente de 15 anossuspeito de estar ligado ao crime.
"De acordo com os depoimentos de testemunhas disponíveis, uma pessoa até então desconhecida teria falado com o jovem pouco antes do ataque sobre as intenções que se enquadrariam na execução do crime", disse o procurador público sénior Markus Caspers, em Wuppertal.
Horas depois da detenção do jovem de 15 anos, umhomem de 26 anos entregou-se à polícia, coberto de sangue, e confessou o crime. "Eu sou aquele que procuram", disse ao aproximar-se das autoridades, encharcado pela chuva intensa.
Issa Al H., de 26 anos, morava atualmente num alojamento para refugiados a apenas 250 metros da cena do crime, segundo o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, e ao que consta não estaria rotulado como sendo membro do Estado Islâmico - apesar do grupo extremista ter reivindicado o ataque de 23 de agosto. Sabe-se, no entanto, que era um refugiado sírio de 26 anos e que também viveu num lar de refugiados no centro da Síria.
O conflito civil que ainda persiste no seu país de origem, levou-o, assim, a pedir asilo à Alemanha, de acordo com a imprensa alemã. O país acabou, então, por conceber proteção subsidiária a Issa Al H., e o sírio mudou-se em dezembro de 2022, tendo apresentado o pedido de asilo na cidade alemã de Bielefeld, informou o jornal alemão Der Spiegel.
Contudo, segundo reporta o jornal alemão Welt, o suposto agressor devia ter sido deportado para a Bulgária no início de 2023 – o que não aconteceu. Issa Al H., nascido a 20 de janeiro de 1998, segundo documentos oficiais obtidos pelo Welt, escondeu-se e só reapareceu vários meses depois.
O suspeito será levado agora, este domingo, para a cidade de Karlsruhe, onde deverá ser presente a um juiz de instrução do Tribunal Federal de Justiça.
O Estado Islâmico reivindicou o ataque, mas ainda não está claro se o crime se trata de um ataque terrorista devido ao motivo pouco claro. A organização terá afirmado no seu site de notícias, no sábado, que o "soldado do Estado Islâmico" tinha como alvo um "grupo de cristãos", e que realizou o ataque na noite de 23 de agosto "para vingar os muçulmanos na Palestina e em todos os lugares". A situação sugere assim uma possível ligação do ataque com a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas.
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.
