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Há muito tempo que Debra Tate se opõe à libertação dos assassinos da família Manson, responsáveis pela morte da irmã.
Debra Tate, a irmã de Sharon Tate, falou pela primeira vez sobre a libertação de Leslie Van Houten, uma das pessoas que fazia parte da "família Manson", o culto de assassinos que provocou a morte da sua irmã.
Numa entrevista exclusiva ao programa de televisão Nightline, da ABC News, Debra Tate demonstrou o seu desagrado para com esta libertação. "Ela é uma boa rapariga? Não. É um animal? Acho que era na altura, e receio que ainda seja", disse.
ABC News
"Rezei até ranger os dentes para que em cada beijo, cada sorriso ou cada ação de prazer que [Van Houten] possa ter, durante a liberdade, que tenha um flashback dos gritos, dos grunhidos, do sangue", complementou.
Debra Tate compareceu em todas as audiências de pedido de liberdade condicional de todos os membros da família Manson. Na entrevista, referiu ainda que a morte da irmã teve um efeito profundo na sua vida e que o pai até chegou a ir à procura de responsáveis pelo assassinato da filha. "O meu pai reformou-se do exército. Foi à procura dos assassinos por conta própria. O dinheiro da minha faculdade foi absorvido. Afetou tudo o que eu fazia. Teve efeitos diretos catastróficos."
Há vários anos que Debra Tate defende publicamente a manutenção dos membros da família Manson atrás das grades, e desta vez não foi diferente.
John Waters, o defensor da libertação de Leslie Van Houten
Esta não foi a primeira vez que Leslie tentou pedir a liberdade condicional. Apesar de estes pedidos terem sido contestados por várias pessoas, há uma que sempre concordou com a sua libertação: o cineasta John Waters.
No livro Role Models (que em tradução livre, significa "exemplo") lançado em 2010, escreveu: "Tenho uma grande amiga que foi condenada por matar duas pessoas inocentes quando tinha dezanove anos, numa noite horrível, em 1969. O seu nome é Leslie Van Houten e penso que iriam gostar dela tanto quanto eu. Acho que é altura de a pôr em liberdade condicional".
A obsessão que tinha pelos assassinatos da "família Manson" não era algo recente. Antes de a revista Rolling Stone o ter incumbido de entrevistar Leslie Van Houten, em 1985, o cineasta já tinha realizado um filme intitulado de Multiple Maniacs, onde fazia referência aos assassinatos.
A relação de amizade durou mais de 20 anos, e começou enquanto Leslie cumpria a pena de prisão. A primeira vez que John Waters a contactou foi através de uma carta, e daí foram surgindo cada vez mais visitas.
Em 1987, Van Houten escrevia a Waters: "Sinto-me bem consigo porque não acredito que me faça mal. Faz-me sentir bem comigo mesma. Preciso disso para não me sentir uma aberração. Gostaria de propor que este ano nos tornássemos amigos mais próximos. Inspiras-me a fazer algo por mim própria".
Waters também se sentia inspirado por ela. "Inspirou-me a acreditar que se esperarmos o tempo suficiente e trabalharmos arduamente na nossa psique danificada, podemos eventualmente sair dela com algum tipo de respeito próprio e saúde mental".
Quando em 1988 Divine, musa do realizador, morreu, Leslie consolou John Waters. "Estou muito triste. Sei que o ajudaste nos momentos difíceis. Tenho pena de não o [ao ator Harris Glen Milstead, que dava vida à drag queen Divine] poder conhecer", disse.
John Waters via a seguidora da "família Manson" como uma alma gémea e chegou até a imaginar a sua participação num dos seus filmes.
"Leslie Van Houten sempre pareceu ser a pessoa que, de alguma forma, poderia ter acabado a fazer filmes connosco", escreveu. "Ela era bonita, fora de si, rebelde, com um estilo ousado, um bom corte de cabelo e um gosto por LSD - tal como as raparigas dos meus filmes. Se a Leslie me tivesse conhecido em vez do Charlie Manson, poderia ter ido ao Festival de Cinema de Cannes, em vez de ir para a prisão feminina da Califórnia? Na verdade, acho que se a Leslie não tivesse conhecido nenhum de nós, poderia ter acabado como executiva de um estúdio de cinema em Los Angeles. E um dos bons".
Numa carta aberta sobre a sua participação no assassinato, Leslie van Houten garantiu estar arrependida e com remorsos pelos atos cometidos há 53 anos.
Van Houten, de 73 anos, tinha 19 na altura em que participou no assassinato de Leno LaBianca, um merceeiro, e da sua mulher Rosemary LaBianca, na sua casa em Los Angeles. Ambos foram esfaqueados até á morte.
Em 1971 ainda foi condenada à morte, no entanto, cinco anos depois viu a sua condenação ser anulada por a Califórnia ter abolido a pena de morte.
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