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Donald Trump, rivalidade de 'rappers' e um anel para Taylor Swift. O que esperar da Super Bowl

Ana Bela Ferreira
Ana Bela Ferreira 09 de fevereiro de 2025 às 13:17
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Grande final do futebol americano realiza-se este domingo e opõe os Philadelphia Eagles aos Kansas City Chiefs. Para os americanos é o evento desportivo do ano, para o resto do mundo é um espetáculo onde o que acontece fora de campo é o mais interessante.

Este domingo, a Superdome de Nova Orleães acolhe aquela que é a final desportiva do ano nos EUA: a Super Bowl. Para o resto do mundo, o resultado do jogo, marcado para as 18h30 (23h30, em Portugal Continental), é o menos importante, a não ser que isso signifique um pedido de casamento para a cantora Taylor Swift, mas já lá vamos. Antes do arranque da final deixamos-lhe cinco curiosidades que vão deixar os fãs colocados ao que acontece fora de campo. Se estiver em Portugal, apenas vai poder ver o evento no canal desportivo DAZN, e apenas se for assinante do NFL Game Pass.

Kendrick Lamar, o intervalo e as 'bocas' a Drake

Reuters

A atuação do intervalo da Super Bowl 59 estará a cargo do rapper Kendrick Lamar. Este é sempre um dos momentos altos do evento e entregue às estrelas do momento. É o caso do rapper que ganhou há uma semana cinco Grammys, incluindo o de Canção do Ano para Not Like Us, uma diss track (canção feita para expor ou insultar alguém) dirigida ao seu rival do hip-hop Drake.

A questão que se levanta é se Lamar vai cantar essa letra, depois de Drake ter apresentado queixa por difamação e assédio no mês passado. Pode ser uma oportunidade de fazer chegar a rivalidade a mais de 100 milhões de pessoas de uma só vez. No ano passado, 123 milhões de americanos viram na televisão a final da Liga Nacional de Futebol (NFL, na siga original).

Um pedido de casamento para Taylor Swift?

Em campo estarão os Philadelphia Eagles e os Kansas City Chiefs. Mas as atenções de todo o mundo estarão centradas na estrela dos Kansas: Travis Kelce, que o mundo conhece como namorado da cantora Taylor Swift. Kelce poderá conquistar esta noite o seu quatro anel de campeão nacional e acabar a retirar-se dos campos como um dos melhores jogadores de futebol americano de sempre, mas o que o mundo quer saber é se irá entregar também um anel de noivado à namorada.

O casal tornou pública a sua relação em 2023 e no ano passado Swift esteve no relvado a festejar o título de Kelce.

Na antevisão do jogo, os jornalistas questionaram Travis Kelce sobre um possível pedido de casamento e a resposta acabou por ser enigmática: "Isso gostariam vocês de saber", disse com um sorriso.

Os 'irmãos gémeos' Beckham e Damon

Os anúncios da final são outro dos pontos altos do evento. Este ano, pelo menos 10 anúncios foram vendidos por 7,7 milhões de euros cada um, segundo a revista Variety, estabelecendo-se um novo recorde.

As marcas aproveitam por isso para apresentar anúncios feitos especialmente para o momento. Será o caso da marca de cervejas Stella Artois que apresenta o irmão gémeo perdido de David Beckham: o americano Dave Beckham, interpretado pelo ator Matt Damon.

A marca de maionese Hellman's vai recriar a cena do orgasmo no restaurante protagonizado por Meg Ryan em Um Amor Inevitável (When Harry Met Sally), desta feita com Sydney Sweeney. A marca de gelados Haagen-Dazs aposta nas estrelas de Velocidade Furiosa e Gordon Ramsey vai estar a vender produtos de cozinha da HexClad.

Primeiro presidente nas bancadas, apesar da história

Donald Trump será um dos muitos ilustres que vão estar nas bancadas. Vai fazer história por ser o primeiro presidente em funções a assistir à Super Bowl. Esta não será, no entanto, a primeira vez que o republicano assiste a jogos da NFL, ainda durante a campanha eleitoral esteve em Pittsburgh a assistir a jogo. A Fox, que vai transmitir o jogo, emite também antes uma entrevista ao presidente dos EUA de antevisão dos primeiros 100 dias em funções.

A sua presença acontece apesar de Trump ser um crítico do presidente da Liga, Roger Goodell. A última discordância pública aconteceu por causa das mudanças de regras para os pontapés de saída. Entretanto, já depois da tomada de posse de Trump, a 20 de janeiro, o presidente da NFL anunciou que não pretende reduzir os programas de diversidade, contra o anúncio do presidente de por fim às leis federais DEI (de diversidade, equidade e inclusão).

No seu primeiro mandato, Trump criticou a posição da NFL de permitir que os jogadores se ajoelhassem durante o hino na sequência do caso que levou à morte de George Floyd, em 2020, devido a violência policial.

Slogan "Fim ao Racismo" retirado

Apesar de ter desafiado o presidente dos EUA com os programas de diversidade, a NFL decidiu retirar o slogan "Fim ao Racismo", que tinha sido usado nas últimas quatro edições.

A direção da Liga garante que não é uma consequência da mudança do clima político, mas das tragédias recentes nos EUA. Nomeadamente, o tiroteio em Nova Orleães, no início do ano, e os incêndios na Califórnia, em janeiro. Por isso, vão ser exibidos os slogans "Escolha o amor" e "Todos juntos", que foram introduzidos em 2020 e desde então já figuraram em vários jogos.

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