Grande final do futebol americano realiza-se este domingo e opõe os Philadelphia Eagles aos Kansas City Chiefs. Para os americanos é o evento desportivo do ano, para o resto do mundo é um espetáculo onde o que acontece fora de campo é o mais interessante.
Este domingo, a Superdome de Nova Orleães acolhe aquela que é a final desportiva do ano nos EUA: a Super Bowl. Para o resto do mundo, o resultado do jogo, marcado para as 18h30 (23h30, em Portugal Continental), é o menos importante, a não ser que isso signifique um pedido de casamento para a cantora Taylor Swift, mas já lá vamos. Antes do arranque da final deixamos-lhe cinco curiosidades que vão deixar os fãs colocados ao que acontece fora de campo. Se estiver em Portugal, apenas vai poder ver o evento no canal desportivo DAZN, e apenas se for assinante do NFL Game Pass.
Kendrick Lamar, o intervalo e as 'bocas' a Drake
Reuters
A atuação do intervalo da Super Bowl 59 estará a cargo do rapper Kendrick Lamar. Este é sempre um dos momentos altos do evento e entregue às estrelas do momento. É o caso do rapper que ganhou há uma semana cinco Grammys, incluindo o de Canção do Ano para Not Like Us, uma diss track (canção feita para expor ou insultar alguém) dirigida ao seu rival do hip-hop Drake.
A questão que se levanta é se Lamar vai cantar essa letra, depois de Drake ter apresentado queixa por difamação e assédio no mês passado. Pode ser uma oportunidade de fazer chegar a rivalidade a mais de 100 milhões de pessoas de uma só vez. No ano passado, 123 milhões de americanos viram na televisão a final da Liga Nacional de Futebol (NFL, na siga original).
Em campo estarão os Philadelphia Eagles e os Kansas City Chiefs. Mas as atenções de todo o mundo estarão centradas na estrela dos Kansas: Travis Kelce, que o mundo conhece como namorado da cantora Taylor Swift. Kelce poderá conquistar esta noite o seu quatro anel de campeão nacional e acabar a retirar-se dos campos como um dos melhores jogadores de futebol americano de sempre, mas o que o mundo quer saber é se irá entregar também um anel de noivado à namorada.
O casal tornou pública a sua relação em 2023 e no ano passado Swift esteve no relvado a festejar o título de Kelce.
Na antevisão do jogo, os jornalistas questionaram Travis Kelce sobre um possível pedido de casamento e a resposta acabou por ser enigmática: "Isso gostariam vocês de saber", disse com um sorriso.
Os anúncios da final são outro dos pontos altos do evento. Este ano, pelo menos 10 anúncios foram vendidos por 7,7 milhões de euros cada um, segundo a revista Variety, estabelecendo-se um novo recorde.
As marcas aproveitam por isso para apresentar anúncios feitos especialmente para o momento. Será o caso da marca de cervejas Stella Artois que apresenta o irmão gémeo perdido de David Beckham: o americano Dave Beckham, interpretado pelo ator Matt Damon.
A marca de maionese Hellman's vai recriar a cena do orgasmo no restaurante protagonizado por Meg Ryan em Um Amor Inevitável (When Harry Met Sally), desta feita com Sydney Sweeney. A marca de gelados Haagen-Dazs aposta nas estrelas de Velocidade Furiosa e Gordon Ramsey vai estar a vender produtos de cozinha da HexClad.
Primeiro presidente nas bancadas, apesar da história
Donald Trump será um dos muitos ilustres que vão estar nas bancadas. Vai fazer história por ser o primeiro presidente em funções a assistir à Super Bowl. Esta não será, no entanto, a primeira vez que o republicano assiste a jogos da NFL, ainda durante a campanha eleitoral esteve em Pittsburgh a assistir a jogo. A Fox, que vai transmitir o jogo, emite também antes uma entrevista ao presidente dos EUA de antevisão dos primeiros 100 dias em funções.
A sua presença acontece apesar de Trump ser um crítico do presidente da Liga, Roger Goodell. A última discordância pública aconteceu por causa das mudanças de regras para os pontapés de saída. Entretanto, já depois da tomada de posse de Trump, a 20 de janeiro, o presidente da NFL anunciou que não pretende reduzir os programas de diversidade, contra o anúncio do presidente de por fim às leis federais DEI (de diversidade, equidade e inclusão).
No seu primeiro mandato, Trump criticou a posição da NFL de permitir que os jogadores se ajoelhassem durante o hino na sequência do caso que levou à morte de George Floyd, em 2020, devido a violência policial.
Slogan "Fim ao Racismo" retirado
Apesar de ter desafiado o presidente dos EUA com os programas de diversidade, a NFL decidiu retirar o slogan "Fim ao Racismo", que tinha sido usado nas últimas quatro edições.
A direção da Liga garante que não é uma consequência da mudança do clima político, mas das tragédias recentes nos EUA. Nomeadamente, o tiroteio em Nova Orleães, no início do ano, e os incêndios na Califórnia, em janeiro. Por isso, vão ser exibidos os slogans "Escolha o amor" e "Todos juntos", que foram introduzidos em 2020 e desde então já figuraram em vários jogos.
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