No Dia Internacional da Criança com Cancro - hoje, 15 de fevereiro - a Acreditar chama a atenção para os principais desafios de quem vive com a doença na infância e das suas famílias. A pandemia adiou consultas e exames de seguimento de sobreviventes, mas também tem atrasado diagnósticos, por receio das famílias de se deslocarem aos hospitais.
A pandemia trouxe novos desafios aos doentes com cancro, especialmente quando essa população são crianças. Hoje assinala-se o Dia Internacional da Criança com Cancro e a Acreditar - Associação de Pais e Crianças com Cancro, assinala a data sublinhando os desafios e "as preocupações" para as famílias em ano de pandemia.
Raquel Wise/SÁBADO
"O receio das famílias em se deslocarem aos hospitais ou aos médicos de família, ou ainda eventuais adiamentos de consultas", podem atrasar diagnósticos, alerta a associação em comunicado. Mas também para quem já ultrapassou a doença, as restrições trazidas pela pandemia têm reflexos. Como "consultas e exames adiados" ou ainda "a dificuldade em marcar juntas médicas" que permitiriam o acesso a benefícios significativos.
A Acreditar aponta a vacinação da família nuclear como uma das medidas de proteção para esta população. De recordar que todos os anos são diagnosticados 400 novos casos de cancro pediátrico em Portugal. A taxa de sobrevivência é de 80%, mas esta é a principal causa de morte não acidental entre as crianças.
A pandemia também tem limitado o apoio que a Acreditar pode dar a estas famílias, especialmente o "acolhimento e apoio emocional". "Preocupa-nos não conseguirmos acompanhar pessoalmente as famílias desde o primeiro momento de diagnóstico, o que poderá significar que haverá mais famílias que necessitam de apoios que não nos chegam", refere o mesmo comunicado.
Apesar das preocupações, há uma boa notícia a celebrar: a inclusão do cancro pediátrico no Plano Europeu de Luta Contra o Cancro, que foi anunciado a 3 de fevereiro. Esta decisão pode significar uma maior investimento nesta área e levar o cancro pediátrico a ser integrado nos planos oncológicos de cada país.
No momento em que se assinala este Dia Internacional da Criança com Cancro, a Acreditar sublinha a importância de garantir apoio psicológico a todos os doentes e suas famílias e o acesso efetivo de todas as crianças com cancro à escola.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.