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A moda da placenta em cápsulas

Lucília Galha
Lucília Galha 16 de julho de 2023 às 18:00

Secam, trituram e colocam o pó em comprimidos. Há cada vez mais mulheres a querer ficar com o órgão para consumo próprio – mas os especialistas desaconselham.

O primeiro passo é deixar o sangue escorrer, durante um ou dois dias. Só então começa a preparação: antes de se desidratar (ou secar) coloca-se numa espécie de banho-maria para cozer a vapor durante uma meia hora, depois corta-se em fatias muito fininhas e coloca-se no desidratador. Deve ficar pelo menos 10 horas. No fim tritura-se e o pó resultante é colocado dentro de cápsulas. Podia até ser a descrição de uma tradicional receita culinária, mas se os procedimentos parecem comuns, tudo o resto é bastante exótico. É que aqui o ingrediente principal é a placenta. Sim, leu bem, aquele órgão que a mulher desenvolve durante a gravidez (que providencia nutrientes e oxigénio ao bebé) e que expele durante o parto. Há cada vez mais mulheres a querer guardar a sua placenta para consumo próprio e, atualmente, a forma mais popular de o fazer não é comê-la crua ou dissolvida num batido, mas encapsulá-la – em comprimidos.

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