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Obama defende NATO e Europa. Recados a Trump desde a Grécia

15 de novembro de 2016 às 15:38
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"Acreditamos que uma Europa forte, próspera e unida não é só bom para o povo da Europa, mas também é bom para o mundo e bom para os Estados Unidos", disse o presidente dos EUA

Uma Europa forte e uma boa relação com a NATO são dois dos alicerces fundamentais para a segurança e prosperidade dos EUA. Estas ideias foram transmitidas pelo presidente norte-americano, Barack Obama, no início da sua visita à Grécia – primeira paragem do seu périplo na Europa como líder da Casa Branca.

"Acreditamos que uma Europa forte, próspera e unida não é só bom para o povo da Europa, mas também é bom para o mundo e bom para os Estados Unidos", disse Barack Obama ao lado do seu homólogo grego Prokopis Pavlopoulos, em declarações no palácio presidencial na capital grega. O presidente dos EUA salientou que a relação transatlântica é "a pedra angular da segurança mútua [da Europa e dos Estados Unidos] bem como da prosperidade".

Obama tem procurado acalmar os receios dos parceiros da Aliança Atlântica quanto às intenções do presidente eleito, Donald Trump, em relação à NATO, que durante a campanha presidencial questionou a relevância desta aliança militar.

Na capital grega, Barack Obama enfatizou que a NATO "é algo que contém uma importante continuidade mesmo quando testemunhamos uma transição de governo nos EUA". "Em todas as administrações democratas e republicanas, foi reconhecido que a NATO é absolutamente vital", sublinhou.

Antes desta viagem à Europa, Obama tinha afirmado, na primeira conferência de imprensa após as eleições americanas de 8 de Novembro, que ia aproveitar esta deslocação para garantir o "compromisso" de Donald Trump com a Organização do Tratado do Atlântico Norte. "Na minha conversa com o presidente eleito, ele expressou o seu grande interesse em manter as nossas principais relações estratégicas e uma das mensagens que poderei entregar é o seu compromisso com a NATO e com a aliança transatlântica", afirmou o ainda presidente norte-americano na segunda-feira na Casa Branca.

Numa altura em que a Grécia se prepara para aplicar um programa de reformas difíceis exigidas pelos credores internacionais, o chefe de Estado norte-americano considerou que a "austeridade só por si" não permite alcançar a prosperidade. "Na minha mensagem ao resto da Europa, vou continuar a enfatizar a nossa visão de que a austeridade só por si não pode trazer prosperidade", referiu Obama, em declarações já ao lado do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.

Depois de uma visita de dois dias à Grécia,que incluiu uma visita à Acrópole, onde fará um discurso obre os desafios da globalização, Obama desloca-se à Alemanha, onde será recebido pela chanceler alemã, Angela Merkel. Em Berlim, o chefe de estado norte-americano irá reunir ainda com o presidente francês, François Hollande, e os primeiros-ministros do Reino Unido e Itália, Theresa May e Matteo Renzi, respectivamente.

A viagem termina no Perú, onde além dos aliados do Pacífico – com quem assinou o  Tratado Comercial Transatlântico que Trump quer anular –, Obama vai encontrar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping.

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