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Multidão homenageia vítimas de Nice com minuto de silêncio

18 de julho de 2016 às 13:32
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A cerimónia, na qual desfilaram as famílias das vítimas, começou com um disparo de canhão e o minuto de silêncio foi acompanhado pelo tocar dos sinos nas igrejas de todo o país. Hollande e Valls estiveram presentes - e o primeiro-ministro foi vaiado

Uma multidão concentrou-se na cidade francesa de Nice, palco de um ataque na quinta-feira, para prestar homenagem às 84 vítimas mortais e centenas de feridos, tendo cumprido um minuto de silêncio. A homenagem teve lugar num monumento junto à Promenade des Anglais e começou às 12h00 locais (11h00 em Lisboa), naquele que é o último dos três dias de luto nacional decretado pelo Estado francês, na sequência do ataque.

Na quinta-feira, um franco-tunisino avançou um camião frigorífico, durante dois quilómetros, contra a multidão que assistia ao fogo-de-artifício do 14 de Julho, feriado nacional, na avenida marginal Promenade des Anglais. As intenções do autor do ataque, que fez 84 mortos, 74 adultos e 10 crianças, e cerca de 300 feridos, ainda estão por determinar. Pelo menos um cidadão português ficou ferido no ataque, confirmou o Governo português. O condutor do camião, identificado como Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, foi abatido pela polícia.

 

Na cerimónia, estiveram presentes as mais altas figuras do Estado francês, tendo o primeiro-ministro, Manuel Valls, sido vaiado à chegada a Nice, segundo relata a agência AFP. As vaias aconteceram antes e depois do minuto de silêncio, no qual também participou o Presidente francês, François Hollande.

 

A cerimónia, na qual desfilaram, sob os aplausos da multidão, as famílias das vítimas, começou com um disparo de canhão e o minuto de silêncio foi acompanhado pelo tocar dos sinos nas igrejas de todo o país.

 

Uma sondagem do instituto Ifop para o jornal francês Le Figaro, revelada esta segunda-feira, diz que oito em cada dez franceses desconfiam da política antiterrorista das autoridades francesas, apesar de confiarem na eficiência das forças de segurança.

 

O ministro do Interior francês assumiu que, para já, "não foram estabelecidas" relações entre o franco-tunisino e "redes terroristas", apesar de o grupo extremista Estado Islâmico ter reivindicado o ataque.