A chanceler alemã admitiu que a Alemanha beneficia da decisão de países dos Balcãs de fecharem as fronteiras aos migrantes, mas insistiu que não é "uma solução sustentável" para a crise migratória na Europa
A chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu hoje que a Alemanha beneficia da decisão de países dos Balcãs de fecharem as fronteiras aos migrantes, mas insistiu que não é "uma solução sustentável" para a crise migratória na Europa.
"É incontestável que a Alemanha beneficia [do encerramento da rota], mas vemos pelas imagens que chegam da Grécia que não é uma solução sustentável", disse Merkel à imprensa.
A Alemanha, que no último ano recebeu milhares de pedidos de asilo por dia, registou um decréscimo significativo de entradas desde os encerramentos de fronteiras nos Balcãs ocidentais.
No domingo, a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel foi derrotada em eleições regionais parciais, incluindo no bastião conservador de Baden-Wuerttenberg, devido à impopularidade da sua política migratória.
A chanceler alemã reiterou hoje que vai manter essa política, designadamente a defesa de uma política europeia comum de reforçar a segurança nas fronteiras externas da Europa e da cooperação com a Turquia na gestão dos fluxos migratórios.
"Penso que a abordagem é correta", disse.
Mas, a poucos dias de uma cimeira europeia dedicada à definição dos pormenores do acordo com a Turquia, Merkel afirmou que não tenciona passar um "cheque em branco" a Ancara.
"Há questões relacionadas com a Turquia e é muito importante sublinhar que a Turquia tem de cumprir determinadas condições, sem excepção", disse.
A Turquia, principal ponto de partida dos migrantes que chegam à Europa, propôs na semana passada à União Europeia (UE) combater as redes de tráfico de pessoas e receber de volta os refugiados que entrem ilegalmente na Grécia, em troca de 3.000 mil milhões de euros, de isenção de vistos europeus para os turcos e da aceleração das negociações de adesão à UE.
Merkel admite que Alemanha beneficia com fecho de fronteiras nos Balcãs
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."