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Macron pressionado para falar sobre gays com Putin

29 de maio de 2017 às 12:04
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Amnistia Internacional convidou dois casais de homens a beijarem-se junto à Torre Eiffel

A Amnistia Internacional colocou hoje dois casais de homens abraçados junto à Torre Eiffel para pedir ao Presidente Francês que "faça pressão" sobre o seu homólogo russo, que hoje visita Paris, para pôr fim "à homofobia na Chechénia".

A cena montada hoje de manhã pela organização dos direitos humanos - dois casais de homens que se abraçam com uma bandeirola a dizer "Stop à homofobia na Chechénia" com a torre Eiffel como fundo - visa alertar para o problema checheno no dia em que o Presidente Emmanuel Macron recebe o chefe de Estado Russo, Vladimir Putin.

"Queremos que Macron faça pressão sobre Putin, para que ele faça, por seu lado, pressão sobre Kadyrov (o presidente checheno), que persegue com toda a impunidade os homossexuais com a bênção das autoridades" russas, disse à AFP Cécile Coudriou, vice-presidente da Amnistia Internacional francesa.

Macron recebe hoje Putin no palácio de Versalhes, prevendo-se que temas como a Síria ou a Ucrânia possam estar sobre a mesa.

No final de Março, o jornal independente russoNovaia Gazetarevelou que os homossexuais eram alvo de perseguições por parte das autoridades na Chechénia, sociedade conservadora onde a homossexualidade é considerada tabu.

A organização Human Rights Watch (HRW) confirmou,num relatório divulgado na semana passada, a perseguição de dezenas de homens homossexuais ou bissexuais na Chechénia e pediu à Rússia para garantir uma investigação "completa e imparcial" do caso.

Dezenas de homens homossexuais ou bissexuais foram detidos, agredidos e humilhados por polícias chechenos "num aparente esforço para os eliminar da sociedade chechena", afirmou a organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova Iorque.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?