Luís Dias encontra-se em greve de fome há 22 dias. No Parlamento, António Costa comentou o caso e disse que "o senhor não tem razão, não há nada a fazer, é muito simples".
O agricultor Luís Dias, que estava há vários dias em greve de fome perto da residência oficial do primeiro-ministro, deu entrada na quinta-feira no Hospital São José, em Lisboa, onde permanece em observação, disse à Lusa fonte hospitalar.
Cofina Media
Segundo a fonte do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), do qual faz parte o Hospital São José, Luís Dias encontrava-se hoje de manhã na sala de observação do serviço de urgências.
Na quinta-feira, o deputado único do Livre, Rui Tavares, questionou no parlamento o primeiro-ministro, António Costa, sobre Luís Dias, que estava há vários dias em greve de fome junto à residência oficial do chefe do Governo, em São Bento.
Em resposta, no debate sobre política geral no parlamento quanto à crise de alojamento de estudantes no país, o primeiro-ministro, António Costa, disse que tem mantido contacto com Luís Dias "várias vezes ao longo dos anos em que tem estado em manifestações", no entanto, afirmou que o Governo "não tem nada a fazer para responder a essa situação".
Perante o protesto de algumas bancadas, o primeiro-ministro respondeu: "O senhor não tem razão, não há nada a fazer, é muito simples", disse.
O proprietário agrícola já tinha estado em greve de fome em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, um protesto que durou cerca de 30 dias e terminou a 6 de junho de 2021, após receber a visita de apoiantes e de falar com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Na altura, o agricultor, de 49 anos, disse que se encontrava em greve "contra a indiferença destrutiva do Estado", que alega ter prejudicado o seu projeto agrícola.
A história de Luís Dias, segundo relatou o jornalPúblicona altura, remonta a 2015, quando apresentou, junto da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), uma candidatura para ajudas financeiras para avançar com uma exploração de amoras na Quinta da Zebreira, em Castelo Branco.
A candidatura viria a ser recusada por, segundo o DRAPC, não existirem garantias bancárias.
O agricultor viria a recorrer ao Tribunal de Contas Europeu, que lhe deu razão, afirmando que as garantias bancárias não lhe podiam ser exigidas.
Em 2017, após o mau tempo ter destruído a sua exploração, voltou a pedir ajuda à DRAPC e verbas para compensar os prejuízos pela intempérie, mas o apoio voltou a ser recusado.
Dois anos depois, Luís Dias recorreu à provedora de Justiça e, nessa altura, o Ministério da Agricultura considerou, num despacho, que a Quinta da Zebreira poderia ter acesso a verbas do Estado, mas nunca efetuou qualquer pagamento.
Em janeiro deste ano, Luís Dias anunciou que iria voltar a fazer greve de fome, acusando o Governo de "extrema má-fé", após ter sido recebido pelo Ministério da Agricultura.
"O boicote e a prepotência reiterada do Estado tiraram-me tudo. A única coisa que me resta, para além da razão que o Estado reconhece, mas não repara, é a minha dignidade. Não vou ceder. [...] Se quiser discutir isto comigo e por fim repor a justiça que está inteiramente nas suas mãos, estarei acampado em greve de fome à porta da sua residência, a partir da próxima sexta-feira", afirmava numa carta aberta, enviada na altura ao primeiro-ministro, à qual a Lusa teve acesso.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.
É excelente poder dizer que a UE já aprovou 18 pacotes de sanções e vai a caminho do 19º. Mas não teria sido melhor aprovar, por exemplo, só cinco pacotes muito mais robustos, mais pesados e mais rapidamente do que andar a sancionar às pinguinhas?
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.