Sábado – Pense por si

Ecologistas espanhóis exigem debate social sobre energia nuclear

O porta-voz dos ecologistas criticou a actuação do CSN em assuntos importantes de segurança nuclear

Os Ecologistas en Acción, que reúne mais de 300 grupos ecologistas espanhóis, exigiram hoje um debate social em Espanha sobre a utilização da energia nuclear, o novo modelo energético e a gestão dos resíduos radioactivos.

A posição foi avançada pelo porta-voz do grupo, Francisco Castejón, à agência de notícias Efe, à margem de uma sessão no parlamento espanhol, na qual denunciou que o Governo "está a tentar prolongar o funcionamento das [centrais] nucleares [até] 60 anos sem um debate geral sobre a segurança" das unidades.

Esta segurança "é questionável", na opinião de Francisco Castejón, devido às "disfunções que se produzem por haver um Conselho de Segurança Nuclear (CSN) demasiado tolerante para com o sector nuclear e pressões do Governo".

O porta-voz ecologista salientou que quatro dos cinco conselheiros do CSN, "três propostos pelo PP e dois pelo PSOE, são declaradamente pró nuclear, tendo um deles passado de secretário do Estado da Energia a presidente do organismo regulador em 12 horas".

Francisco Castejón, que integra o comité assessor do CSN, denunciou que existe no organismo "um regime de segredos internos", que tudo é tratado "em papel" e que o presidente "ignora os pedidos de transparência" daquele organismo.

O porta-voz dos ecologistas criticou a actuação do CSN em assuntos importantes de segurança nuclear como o caso do armazém temporário centralizado (ATC) de resíduos nucleares, projectado para Villar de Canas (Cuenca).

Castejón recordou aos deputados que o CSN autorizou a localização do ATC "apesar das informações muito negativas dos seus técnicos da área de ciência da terra e da consultora URS, contratada pelo próprio".

O ecologista também denunciou que o CSN "modificou as suas próprias normas para conceder um aval à reabertura da central de Garoña, em Burgos, à medida da Nuclenor", a operadora da central, participada em 50% pela Endesa e pela Iberdrola.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.