João Lourenço já encerrou a campanha e vai participar como chefe de Estado num encontro com mulheres em Luanda. Adalberto Costa Júnior estará presente num grande comício.
Uma campanha eleitoral renhida e polarizadora entre os dois principais partidos angolanos termina hoje com um grande comício da oposição na capital, enquanto o partido no poder foca as atenções no velório do antigo presidente José Eduardo dos Santos.
Desde domingo que o corpo de José Eduardo dos Santos está a ser velado na sua casa de família, seguindo-se depois as cerimónias fúnebres, que poderão acontecer no dia 28 de agosto e, por isso, o partido governamental, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), não tem realizado ações de campanha.
O atual Presidente, João Lourenço, encerrou a campanha no sábado e hoje irá participar, na qualidade de chefe de Estado, num encontro com mulheres em Luanda.
Já Adalberto Costa Júnior, líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), encerra a campanha com um grande comício numa das suas praças-fortes da capital, no Cazenga.
Depois de um primeiro mandato em que prometeu o combate à corrupção e o desenvolvimento do país, João Lourenço pede a continuidade e faz discursos contínuos de apelo à "paz".
Já Costa Júnior pede "mudança", uma palavra que se tornou quase símbolo para quem vai votar UNITA.
Os dois partidos que combateram na guerra civil que marcou mais de metade da história da Angola independente permanecem como os dois polos da cena política.
Vários analistas apontam que estas serão das eleições mais renhidas desde 1992, data do início do multipartidarismo, mas a UNITA tem insistido no risco de fraude e enchimento de urnas com votos de eleitores fantasmas.
Na campanha que levou os dois partidos a todos as províncias do país, o MPLA tem optado por comícios, que a UNITA acusa de serem "fabricados" com autocarros a transportar milhares de militantes.
Já a UNITA tem realizado também ações de rua, procurando mostrar os sinais de apoio que diz ter recebido por parte da população e concorre nestas eleições com uma plataforma mais ampla que o próprio partido, fundado por Jonas Savimbi.
Para estas eleições, o número dois da lista da UNITA (e candidato a vice-presidente) é Abel Chivukuvuku do movimento Pra-Já Renascer Angola (e antigo líder do Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral, que foi o terceiro mais votado há cinco anos) e Adalberto Costa Júnior conta com o apoio do Bloco Democrático (quarto classificado em 2017 e que, desta vez, optou por não concorrer para esta frente unida).
Os restantes partidos com assento parlamentar - Casa-CE, Frente Nacional de Libertação de Angola e Partido para a Renovação Social - têm tido ações menos visíveis, um sinal da polarização da política angolana.
Na terça-feira será dia de reflexão e, no dia 24 de agosto, mais de 14 milhões de angolanos serão chamados para escolher um novo Presidente da República e novos representantes na Assembleia Nacional.
Os resultados deverão ser anunciados nos dias seguintes, aproximando-se esse anúncio da data prevista das cerimónias fúnebres de José Eduardo dos Santos.
Campanha polarizadora em Angola chega ao fim com comício e velório
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