Tchizé dos Santos questiona legitimidade de João Lourenço após condecorar o pai
A filha do ex-presidente questiona: "Quem perseguiu José Eduardo dos Santos tem legitimidade para fazer reconciliação em Angola?"
A filha do ex-presidente questiona: "Quem perseguiu José Eduardo dos Santos tem legitimidade para fazer reconciliação em Angola?"
Trump recuou a tempo de evitar nova humilhação em Budapeste. Mas Putin não cede e exige o inaceitável: que a Ucrânia retire da própria Ucrânia (o resto do Donbass). A culpa de não haver cessar-fogo é, por isso, totalmente de Moscovo. Enquanto isso, Zelensky faz o caminho certo: reforça aliança com os europeus, desenha futuras garantias de segurança, aposta nos ataques a refinarias na Rússia. A Ucrânia tem a razão, a coragem e a resiliência do seu lado.
Historicamente associada à UNITA, rica em ouro e diamantes, Mavinga foi uma zona estratégica para Jonas Savimbi, líder do movimento guerrilheiro que combateu as forças governamentais durante quase 30 anos, logo após a independência em 1975.
Não é possível continuar a ignorar este grito do povo angolano, que quer ser livre da pobreza, da desigualdade e da ditadura. Cinquenta anos após o 25 de Abril, os portugueses conheceram a liberdade, mas os angolanos ainda não.
O verão de 1975 foi marcado pela fuga dos portugueses, pela luta entre os movimentos independentistas e pela interferência das grandes potências: EUA e URSS.
As histórias de quem fugiu da violência em 1975 em colunas de mais de mil carros ou de traineira para Portugal. E informação sobre a alergia alimentar mais comum nos mais novos.
Partiram em colunas de mil carros, com bebés e crianças, atravessando a guerra e a natureza hostil. Saíram de traineira para a Namíbia e para Portugal. Penaram durante meses em campos de refugiados. Meio século depois contam o que viveram como se tivesse sido ontem.
Fechados num hotel do Algarve, com ligações telefónicas cortadas e vigiados por várias forças de segurança, portugueses e angolanos assinaram um acordo histórico – e falhado.
Não pense que é algo que só acontece aos outros, porque a sofisticação é cada vez maior. Carolina Soares, da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, aponta: “Há advogados, empresários, pessoas letradas que caem. Eu própria estou à espera do dia em que serei eu a cair numa burla.” E ainda: os acordos de Alvor, um dia na Linha SNS 24 e a poluição dos jatos privados.
Vinte anos depois de tomar posse como presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso relata os bastidores da sua escolha, recorda os tempos que passou em Bruxelas e coloca-se de lado na corrida à Presidência da República, que diz ser a maior honra que um português pode ter.
Chamaram-lhes "retornados", até em documentos e organismos oficiais, e com esse designativo foram para sempre crismados, em detrimento de outros, porventura mais problemáticos, como "repatriados", "desalojados" ou, como muitos deles preferem, "espoliados".
Ex-jornalista e doutorada em História Contemporânea, Alexandra Marques lança agora o seu segundo livro sobre o processo de descolonização. "Deixar África" versa sobre os acontecimentos traumáticos da comunidade portuguesa em Angola e Moçambique.
Excerto do evoluir dos acontecimentos que levaram ao início da ponte aérea de retornados: raptos, mortes, assaltos, condições desumanas, abandono, uma guerra civil iminente e uma certa "degradação moral". O livro está à venda a partir de 3 de setembro.
A guerra colonial terminou com a revolução, como acabaram de facto, mesmo sem decreto, a censura, a PIDE/DGS, os tribunais plenários ou a Ação Nacional Popular. Os incidentes que ocorreram depois foram consequência não da guerra mas da opção do regime de Salazar e de Marcelo Caetano em manter um domínio colonial contra as circunstâncias determinantes dos tempos da História.
Não era a primeira vez e não seria seguramente a última que a vizinha ia à vida dela e se esquecia de bater a porta.
"Quando o livro saiu houve pessoas que me disseram coisas como 'escreveste o livro da minha vida'", relata autora.