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Auditoria da Delloitte reitera indícios de gestão ruinosa

30 de abril de 2015 às 16:40
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Segundo o documento o BES tinha"informação suficiente para detectar desconformidades" entre o que a ESI declarava e a realidade

O terceiro bloco da auditoria que a Deloitte conduziu ao Banco Espírito Santo (BES) reitera os indícios de que terá havido uma "gestão ruinosa" no banco "em detrimento dos depositantes, investidores e demais credores".

Tais actos de gestão ruinosa terão sido "praticados pelos membros dos órgãos sociais" do BES, indica o texto, a que a agência Lusa teve esta quinta-feira acesso e que foi enviado na segunda-feira pelo Banco de Portugal à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES).

O terceiro bloco incide no passivo financeiro da ESI, e segue-se à revelação em semanas recentes dos dois primeiros momentos do texto: primeiro sobre a exposição do BES ao BES Angola (BESA) - no qual se apontava também para "gestão ruinosa" - e uma outra parte mais global na qual era dado como certo que a administração do BES liderada por Ricardo Salgado "desobedeceu ao Banco de Portugal 21 vezes, entre Dezembro de 2013 e Julho de 2014", praticando "actos dolosos de gestão ruinosa".

Ainda no capítulo da ESI, o BES possuía "informação suficiente para detectar desconformidades entre a situação reportada nas demonstrações financeiras da ESI e a sua verdadeira situação financeira e patrimonial", mas tal não sucedeu, acrescentam.

Já o relatório final da comissão de inquérito à gestão do BES e do GES foi aprovado na quarta-feira, último dia de trabalhos, com os votos favoráveis de PSD, PS, CDS-PP, abstenção do Bloco de Esquerda (BE) e voto contra do PCP.

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