Pinto da Costa faz depender a continuidade de Sérgio Conceição, o treinador com mais jogos, vitórias e troféus da história do FC Porto, do desfecho das eleições.
Jorge Nuno Pinto da Costa fixou na terça-feira "três grandes preocupações" para concretizar a curto prazo na presidência do FC Porto, antes de se pronunciar sobre uma recandidatura ao cargo dos vice-campeões nacionais de futebol.
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"Em primeiro lugar, que esse barulho das redes sociais não chegue à equipa e que esta esteja tranquila para atingir os objetivos, que são passar aos oitavos de final da Liga dos Campeões. A segunda preocupação é que em dezembro, dentro da estratégia traçada, possamos apresentar lucro e ter capitais próprios positivos. Se não forem positivos, que sejam perto de positivos. Em terceiro lugar, [construir] a nossa academia na Maia, cujos projetos já estão feitos", reconheceu, numa entrevista concedida ao canal televisivo SIC.
Pinto da Costa abordou a situação financeira dos 'dragões', na sequência da divulgação das contas do clube, com um resultado líquido negativo de 2,430 milhões de euros (ME) em 2022/23, e da SAD, que inverteu dois lucros seguidos com prejuízos de 47,627 ME.
"Os 60 ME [da venda] do Otávio entram até dezembro nas nossas contas. Se ele tivesse saído antes [de 30 de junho], essas contas estavam equilibradas, mas não o vendemos e fizemos bem. Existe alguma diferença entre 40 ME e 60 ME. O nosso objetivo também é desportivo. Outros [clubes] venderam, ganharam dinheiro e quantos pontos têm agora na 'Champions'? Não vale a pena contar, que é zero. Nós estamos a uma vitória de passar aos 'oitavos'. Por isso, não vendemos vários atletas que nos quiseram comprar", avaliou.
Afastando uma eventual entrada de investidores no capital social da SAD, o líder máximo dos 'dragões' deu conta das dificuldades para renovar com o avançado iraniano Mehdi Taremi, melhor marcador da I Liga em 2022/23, que termina contrato em junho de 2024.
"Temos de ser realistas: ele tem propostas [de outros clubes] que ainda não aceitou para ganhar 10 ME por ano. Deem cá 20 ME, incluindo 10 ME para o fisco, e eu renovo com o Taremi. Interesse do AC Milan nesta janela de transferências de verão? Nem deu para conversar com propostas ridículas. Não houve nenhuma perto da cláusula dele", contou.
Sérgio Conceição também acaba contrato no final da temporada, mas Pinto da Costa faz depender a continuidade do treinador com mais jogos, vitórias e troféus da história do FC Porto do desfecho das eleições, que devem suceder logo no primeiro semestre de 2024.
"Não estou em período eleitoral e uma coisa que não quero é envolver algum profissional do futebol nesta matéria. Agora, acha que alguém renova um contrato sem saber quem é que vai ter a dirigi-lo? Eu não assinava. Se calhar, os candidatos [às eleições] deveriam contactar o Sérgio Conceição e perguntar-lhe se estará disponível para renovar caso eles sejam presidentes", indicou, numa altura em que ainda não há concorrentes anunciados.
Confrontado sobre as críticas dirigidas contra si por André Villas-Boas, que treinou o FC Porto em 2010/1, conquistando a I Liga e a Liga Europa num total de quatro troféus, e já admitiu uma eventual corrida às próximas eleições, Pinto da Costa mostrou-se surpreso.
"Surpreende-me, mas não comento. Se as faz, tem um intuito qualquer. Presumo que ele seja candidato à presidência e tem esse direito, porque é associado. De resto, não entro nesse jogo nem comento. Agora, mágoa é quando nos morre alguém querido", concluiu.
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