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Durante os últimos 19 anos, viram os amigos festejarem e gracejarem com quem nunca viu o seu clube campeão. Esta época, respondem com um recorde de invencibilidade e a iminência da festa.
Nasceram em 2002 e tinham semanas ou estavam na barriga das mães quando o Sporting foi pela última vez campeão nacional de futebol, agora acreditam que o campeonato "já não foge" e anseiam pelo momento de celebrar.
Durante os últimos 19 anos, viram os amigos festejarem e gracejarem com quem nunca viu o seu clube campeão. Esta época, respondem com um recorde de invencibilidade e a iminência da festa, que uns preferem que seja "quanto antes, melhor", outros na terça-feira, para a equipa celebrar em casa.
Rodrigo Saraiva, 19 anos, olhos cor de mel e camisola amarela com o emblema do clube ao peito, tinha um mês quando a formação na qual Jardel se destacava venceu o campeonato, em 28 de abril. Os pais vestiram-no a rigor e levaram-no dentro da alcofa para o Pelourinho, centro da cidade da Covilhã, embalado por cânticos e euforia.
O cachecol que o acompanha foi herdado dessa noite e espera finalmente comprar um novo. "Passei a vida a ouvir dizer que este ano é que é, e este ano é que é", salienta o sportinguista, em declarações à agência Lusa, que, desde "o jogo difícil" com o Sporting de Braga, passou a "ter a certeza" de que a formação 'leonina', com "um misto de experiência e juventude", seria campeã.
Ao longo dos anos os amigos tentaram convertê-lo, mas por mais que lhe custasse vê-los festejarem e ficar em casa, "o amor pelo clube não se trata só de títulos", sublinhou Rodrigo, que se apressa a mencionar as alegrias que as outras modalidades dos 'leões' lhe têm dado.
A mãe de Diogo Cornélio, grávida de final de tempo, estava internada no hospital na última vez que a 'onda verde' saiu à rua. O médio/extremo dos juniores do Sporting da Covilhã viria a nascer pouco depois, em maio, e a reta final desta temporada tem sido vivida com alegria e também ansiedade, sobretudo quando os 'leões' marcam tarde.
"Está a ser emocionante, é um sentimento forte estar cada vez mais perto de ver pela primeira vez o meu clube campeão", enfatizou Diogo, que tenta conter o entusiasmo, "porque o futebol é imprevisível", mas confiante no desfecho.
Tiago Tomás, Nuno Mendes e Eduardo Quaresma são jogadores aos quais presta especial atenção, por ter alinhado ao seu lado, quando era iniciado e juvenil e foi treinar a Alcochete, e destacou a "vontade de afirmação" de quem vê como exemplos a seguir para quem deseja ser profissional de futebol.
"Vê-los dá-me também forças a mim", vincou.
Ser sportinguista "é estar constantemente a sofrer, mas é também ter esperança", descreveu Tânia Pereira, que elogiou "a consistência" da equipa esta temporada e, quando o país se pintou de verde pela última vez, contava apenas três semanas de vida e não teve festejos por perto, já que em casa é a única adepta do clube.
Crescer como sportinguista é também "estar habituada a ouvir piadas", umas vezes com maior capacidade de encaixe, outras com o sorriso a meia haste. Tânia, com a camisola listada pendurada no quarto, ri ao contar as inúmeras vezes em que lhe falam na "nuvem de pó" dos cachecóis guardados há tantos anos.
Depois de "19 anos a ouvir bocas" quando chegava à escola, a resposta de Rodrigo Saraiva vai ser dada a ver "o Sporting levantar o troféu".
Inês Martins, nascida dois meses depois do último título, tem o quarto decorado "à Sporting" e foi desafiando o benfiquismo da mãe e da irmã espalhando objetos alusivos aos leões pela casa.
"Um clube não se ama pelas vitórias", atirou. E se nada a demoveu antes, agora diverte-se quando lhe dizem que "o cheiro a naftalina vai ser insuportável", ou a advertem que "o preço da cerveja já não é em escudos". "Estas picardias são saudáveis, fazem parte", admitiu.
A Márcia Martins, na altura a três meses de nascer, lembram-lhe com frequência há quanto tempo o Sporting não é campeão e os colegas têm outras "brincadeiras normais", que não a incomodam. A aluna de Biotecnologia, que vê todos os jogos, prefere chamar a atenção para "a entrega e qualidade de jogo" da equipa.
"Depois de tantos anos a ouvir os amigos no gozo, deixa-me muito feliz sermos uns justos campeões", salientou.
Embora a rivalidade tornasse especial a conquita do título frente ao Benfica, no sábado, todos preferem garanti-lo antes, "o mais rápido possível". Hoje, 'no sofá', caso o campeão FC Porto não vença em casa o Farense, ou na terça-feira, em campo, na receção do Sporting ao Boavista.
Márcia destacou o papel de Coates e Rodrigo considera-o "um pilar", mas todos defendem que o que fez a diferença este ano foi o treinador e a aposta na formação, cujos jogadores "sentem mais o clube", frisou Tânia.
"O Ruben criou uma identidade e uma equipa dentro e fora do campo", elogiou Márcia, enquanto Diogo enalteceu "o carisma, o acreditar até ao fim". "Nota-se a força que dá aos jogadores", rematou Tânia.
A pandemia condiciona os planos e todos lamentam o estádio vazio, mas para todos vai ser uma novidade festejar um campeonato e ficar em casa não é opção depois de tanta espera, embora alertem para a necessidade de utilizar máscara e evitar comportamentos de risco.
Depois da festa, "não vou ter de esperar mais 19 anos", vaticinou Márcia, convicta, com uma opinião partilhada por Diogo: "Afirmámo-nos e para o ano é nosso outra vez".
A ansiedade de celebrar aos 19 anos o primeiro campeonato do Sporting
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