NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
As declarações de Cristina Ferreira sobre caso de mulher assassinada geraram polémica nas redes sociais. "Tem havido um progresso em termos da linguagem utilizada, mas o entretenimento ainda não está alinhado", diz à SÁBADO Teresa Silva, da associação Rede de Jovens para a Igualdade.
Cristina Ferreira voltou a estar no centro de uma polémica nas redes sociais, desta vez devido a um comentário feito na segunda-feira durante a Crónica Criminal, no programa Dois às 10, da TVI. Referindo-se ao caso de Conceição Figueiredo, uma mulher de 69 anos que foiencontrada morta a 1 de junho, e cujo o principal suspeito do crime é o ex-namorado, Jair Pereira, a apresentadora referiu: "Não sei se esta mulher depois do baile entrou num carro com ele, e aí é que se calhar se pôs a jeito para que isso acontecesse".
Sobre a expressão utilizada, Teresa Silva, responsável da associação Rede de Jovens para a Igualdadediz à SÁBADO: "Podemos ter uma reflexão crítica sobre porque é que continuamos a culpabilizar as mulheres [em casos de violência], mas isto não é uma expressão inocente. Quem utiliza esta expressão culpa diretamente as mulheres".
"No momento em que as mulheres deixam de ser crianças e se tornam adolescentes, passamos a culpá-las. A Cristina acredita que as mulheres fazem alguma coisa para se colocarem em perigo e não é apenas a Cristina que acredita nisto", acrescenta ainda.
Por outro lado, Teresa Silva sublinha que Cristina Ferreira "tem muita influência e podia ter um papel muito positivo, com muita responsalidade". No entanto, acredita que a apresentadora "continua a propagar uma ideia misógina daquilo que é o papel da mulher na sociedade".
E conclui: "Ainda há um longo caminho a percorrer. Tem havido um progresso em termos da linguagem utilizada, mas o entretenimento ainda não está alinhado."
O comentário de Cristina Ferreira foi alvo de críticas nas redes sociais, com vários utilizadores a manifestarem-se e a acusarem a apresentadora de tratar o tema com "leviandade" e de "machismo disfarçado de empoderamento".
Cristina Ferreira acha que a mulher que levou 150 facadas é porque “se pôs a jeito”. Machismo disfarçado de empoderamento. Vende cremes, discursos e cursos para “libertar” mulheres… e depois culpa-as por morrer. Incoerente, sem moral nenhuma.
— Daniela Capaz Pinto (@danielacapaz_) June 2, 2025
A apresentadora afirmou ontem nas redes sociais que a frase foi "retirada de contexto" e acrescentou: "Na sequência do debate falei dos tempos que correm e de como não podemos já confiar em ninguém. O alerta tinha o propósito da defesa de cada um de nós em relação a desconhecidos ou relações abusivas e controladoras. A frase pôs-se a jeito usada, no contexto, tinha tudo menos o propósito de culpabilizar a mulher, aliás o que se pretende é exatamente o contrário".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro